Biodiesel

Malásia e Indonésia vão discutir exportação de biodiesel para a China

As informações são da agência de notícias Bloomberg, publicadas nesta quinta-feira (24)


Publicado em: 30/08/2017 às 14:20hs

Malásia e Indonésia vão discutir exportação de biodiesel para a China

De acordo com o Ministro da Plantação, Indústrias e Commodities da Malásia, Mah Kew Siong, dois dos principais produtores de óleo de palma do mundo (CPO), Indonésia e Malásia, vão começar a discutir a questão do embarque de biodiesel para a China que pretende implementar um programa B5 (5% de biodiesel ao diesel) no país. As informações são da agência de notícias Bloomberg, publicadas na quinta-feira (24).

“A China espera que o biodiesel ajude a controlar a poluição do ar e o meio ambiente em seu país. Se o programa B5 for aplicado deverá criar um mercado bem grande para os produtores locais de CPO”. Ainda segundo Siong, a Indonésia e a Malásia precisam trabalhar juntas para atender a demanda da China.

Deddy Yusuf Siregar, analista especializado no setor, da empresa Asia Trade Point Futures, afirma que se a China implantar o B5 vai gerar uma demanda de 9 milhões de toneladas de óleo de palma (CPO) por ano. Ou seja, tornar-se um potencial mercado para as exportações do insumo produzido na Indonésia. Em 2016 a China absorveu 3,8 milhões de toneladas de CPO do país.

De acordo com Siregar, o programa B5 chinês tornou-se uma nova esperança para a sustentação do preço do CPO no longo prazo. Este ano, a produção de CPO da Indonésia deve subir 12,69%, alcançando 35,5 milhões de toneladas. Enquanto na Malásia o crescimento previsto é de 10,17%, saindo de 17,7 milhões de toneladas em 2016 para 19,5 milhões de toneladas este ano.

Um respiro para o setor de ambos os países, responsáveis ??por mais de 80% da oferta global, que passaram por um declínio em 2016 devido as constantes mudanças de clima. Dados da Malásia Board mostram que os volumes de produção de CPO caíram 13,24% no comparativo anual, saindo de 19,96 milhões de toneladas para 17,32 milhões de toneladas no país. Já a Associação de Óleo de Palma da Indonésia (GAPKI) aponta para uma queda de 3% na produção total de 2016, dos antigos 34,5 milhões de toneladas para 31,5 milhões.

Fonte: APROBIO

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