Publicado em: 09/06/2020 às 16:20hs
Um painel de três juízes decidiu que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) subestimou significativamente os riscos relacionados ao uso do dicamba, que é utilizado em pesticidas da Bayer e de rivais.
Grupos ambientalistas, que entraram com ação em 2018, pediam que a Justiça forçasse a EPA a cancelar a aprovação para o produto XtendiMax, da Monsanto, à base de dicamba, alegando que ele não apenas danifica culturas próximas e plantas, mas também afeta animais.
A Bayer herdou essas e outras disputas judiciais há dois anos, como resultado de sua aquisição da Monsanto por 63 bilhões de dólares.
A decisão judicial também proíbe a venda de outros pesticidas com base em Dicamba, como o Engenia, da Basf, e o FeXapan, da Corteva Agroscience.
Bayer e Basf disseram que não concordam com o julgamento, realizado na quarta-feira.
A Bayer disse que a decisão está relacionada ao registro junto à EPA de 2018, que expira em dezembro e que está trabalhando para obter um novo registro da agência para o pesticida, para de 2021 em diante.
“Dependendo das próximas ações da EPA e de se teremos sucesso em contestar essa decisão, nós trabalharemos rapidamente para minimizar qualquer impacto sobre nossos clientes nesta safra”, disse a Bayer.
A EPA já havia imposto restrições ao uso de dicamba em 2018, por preocupações sobre potenciais danos a culturas próximas àquelas em que ele é aplicado.
Fonte: Reuters
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