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GOVERNO FEDERAL: Fusão com Meio Ambiente traria mais ônus do que bônus

Indicada nesta quarta-feira (07/11) como ministra da Agricultura de Jair Bolsonaro, a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) disse à noite que a fusão da pasta com a do Meio Ambiente traria mais ônus do que bônus para o agronegócio


Publicado em: 08/11/2018 às 20:40hs

GOVERNO FEDERAL: Fusão com Meio Ambiente traria mais ônus do que bônus

Segundo ela, a notícia de que o presidente eleito tinha a intenção de fundir os dois ministérios "causou mal-estar" no exterior, o que poderia acarretar barreiras comerciais aos produtos brasileiros.

Barreiras comerciais - "Hoje existem muitas barreiras comerciais, que são protecionismos lá fora, que a gente precisa vencer. Este [fusão] é um assunto que causou mal-estar lá fora. Então, de repente, para que fazer essa fusão, se a gente teria mais ônus do que bônus?", disse a futura ministra. "Agora, eu tenho certeza de que ele vai dar a cara do governo dele também ao Ministério do Meio Ambiente. Assim como eu devo receber alguma instrução do que ele quer para o Ministério da Agricultura."

Preocupação - Tereza Cristina afirmou que os produtores de carnes estavam preocupados com uma possível perda de mercado por conta da fusão, mas "hoje essa preocupação já diminuiu muito".

Embaixada - Outro tema no radar do setor é a decisão de Bolsonaro de transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. A medida, já adotada pelo presidente americano, Donald Trump, é controversa perante a comunidade internacional. E pode levar à perda de mercados nos países árabes, grandes consumidores das carnes brasileiras.

Outra conversa - "Acho que aí é outra conversa. Eu preciso saber o que eles [governo Bolsonaro] estão pensando", afirmou a deputada, que preside a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Mercado sensível - Tereza Cristina disse sentir que o governo Bolsonaro, ainda em gestação, é "muito aberto ao diálogo". Mas ponderou que é preciso ter cuidado com as palavras, porque "o mercado é muito sensível". "Eu tenho sentido o governo e essa transição muito abertos ao diálogo. E acho que a gente tem que ter muito cuidado com o que vai falar porque o mercado é muito sensível. Qualquer fala fora do tom você pode prejudicar uma abertura de mercado ali ou um mercado que se fecha lá", disse.

Momento - "Acho que o momento é de trabalhar, arrumar o que se quer desse novo governo, e aí apresentar. Nós temos até o dia 30 de dezembro para apresentar à sociedade o que é a cara do governo Jair Bolsonaro."

Encontro - Tereza Cristina se encontra na manhã desta quinta-feira (08/11) com Bolsonaro pela primeira vez como ministra indicada. Em Brasília, ela mora no mesmo prédio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito e onde ele está hospedado. Mas afirmou ainda não ter conversado com o futuro governante "por conta da liturgia do cargo".

Indicação - A deputada teve o nome indicado nesta quarta-feira a Bolsonaro por membros da FPA, que se reuniram com o presidente eleito em Brasília. Ela disse que não foi ao encontro porque não participaria de uma reunião para indicar seu próprio nome. Ela afirmou que sua responsabilidade aumenta a partir de agora.

Expectativa - "Eu espero corresponder à confiança que o presidente está depositando na minha pessoa. E eu vou trabalhar ao máximo para realizar a esperança dos produtores nesse governo, que é muito grande. A minha responsabilidade aumenta com esse convite, da maneira com que foi feita", disse. "Eu ainda nem estou acreditando."

Fonte: Portal Paraná Cooperativo

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