Publicado em: 25/04/2019 às 16:20hs
O Brasil fechou 2018 nominalmente com US$ 101,69 bilhões do total de produtos do agronegócio exportados, um crescimento de 5,9% em relação aos US$ 96,01 bilhões de 2017. O principal destino foi a China com a participação de 35,1% deste total, bem acima do registrado em 2017, com 28%. Aumento em decorrência da disputa comercial entre China e Estados Unidos.
Dentre as principais commodities embarcadas para o país asiático destaque para a soja em grãos. O país foi responsável por 83% do total dos embarques da oleaginosa exportada do Brasil. Também foi o principal destino das carnes bovina (30%) e o segundo principal destino das carnes de aves (14%).
Para o Brasil esta parceria comercial com a China deve ser encarada de forma estratégica visto que os chineses são os principais parceiros comerciais dos produtos advindos dos solos nacionais. Neste sentido, o bom relacionamento com os chineses é visto por diversos especialistas como ponto crucial para as exportações nacionais, em especial nos complexos soja, milho, algodão, etanol e todas as carnes.
• Dados relevantes:
• No complexo soja, o grão foi o principal produto exportado com volume recorde de 83,6 milhões de toneladas
• As exportações brasileiras de carne bovina fecharam 2018 com 1,64 milhão de toneladas exportadas, volume 11% acima do registrado em 2017. Em receita, o valor alcançou US$ 6,57 bilhões, crescimento de 7,9% frente ao resultado de 2017
Adicionalmente, outro ponto importante e que merece atenção está na população muçulmana presente na China. De acordo com o CEO da Siil Halal, empresa de certificação Halal sediada em Chapecó (SC), Chaiboun Darwiche, o país conta hoje com mais de 120 milhões de muçulmanos, segundo informações do portal de notícias Alayam do Bahrein. “Portanto, além da necessidade de manter um bom relacionamento com a China por ser o principal parceiro comercial dos produtos do agronegócio brasileiro é importante destacar que produtos que contenham a certificação Halal se tornam outra real necessidade para atender a demanda por alimentos e bebidas da população muçulmana presente no país”, destaca.
E vai além: “Não apenas a população muçulmana, mas os non-muslim (não muçulmanos - traduzido para o português), devido a segurança alimentar presente em todo o processo de produção dos alimentos. “O sistema de certificação Halal é sinônimo de confiança, passou a ser compreendido por milhares de pessoas ao redor do mundo devido a maior credibilidade de todo o seu processo produtivo, da matéria prima utilizada, passando pelas normas de saúde e bem-estar animal”, informa o CEO da Siil Halal.
Neste momento, com a confirmação da visita oficial do presidente da República para a China, estes assuntos, na avaliação de Chaiboun, devem estar na pauta de discussão. “É sabido que a religião islâmica tende a ser a maior do mundo até 2070, portanto, os acordos comerciais devem embarcar essas tendências de médio e longo prazo”, alinha e declara que “a Siil Halal, esta atenta a essas projeções e apta para auxiliar entidades de classes, governos e iniciativa privada interessada em prover relações comerciais com as comunidades muçulmanas.”
Em nota oficial, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF), afirma que o comércio com a China é muito importante para o agronegócio nacional e neste caso a missão brasileira terá como foco aumentar o leque de produtos exportados para os chineses.
Fonte: Siil Halal
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