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Café: Bolsa de Nova York opera com queda de mais de 100 pts nesta manhã de 3ª feira e estende perdas

Por volta das 09h12 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 tinha queda de 125 pontos, a 97,25 cents/lb e o março/19 anotava 100,65 cents/lb com recuo de 125 pontos


Publicado em: 25/09/2018 às 10:30hs

Café: Bolsa de Nova York opera com queda de mais de 100 pts nesta manhã de 3ª feira e estende perdas

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 100 pontos nesta manhã de terça-feira (25). O mercado externo do grão estende as perdas da véspera com operadores atentos à safra brasileira, que está em finalização de colheita, e o câmbio.

Por volta das 09h12 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 tinha queda de 125 pontos, a 97,25 cents/lb e o março/19 anotava 100,65 cents/lb com recuo de 125 pontos. Já o maio/19 recuava 130 pontos, a 103,05 cents/lb e o julho/19 trabalhava com desvalorização de 125 pontos, a 105,50 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 400,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 411,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 407,00 a saca.

Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Café: Cotações do arábica voltam a cair nesta 2ª feira em NY com dólar e atenção para safra brasileira

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a recuar na sessão desta segunda-feira (24). O mercado externo se acomoda tecnicamente depois das altas do final da semana passada e volta a sentir pressão da valorização do dólar ante o real e informações sobre a safra brasileira.

O vencimento dezembro/18 fechou o dia com queda de 140 pontos, a 98,50 cents/lb e o março/19 anotou 101,90 cents/lb com recuo de 140 pontos. Já o contrato com vencimento para maio/19 registrou 104,35 cents/lb e baixa de 140 pontos e o julho/19 teve desvalorização de 135 pontos, a 106,75 cents/lb.

Depois de fechar a semana passada com leve alta, o mercado externo do arábica voltou para o lado vermelho da tabela com pressão do câmbio e informações mais otimistas sobre a safra 2018/19 do Brasil. Nesta temporada, estima-se colheita recorde ou próxima disso no país, maior produtor e exportador.

"No Brasil o clima favorável aponta para a abertura de uma nova florada, a principal, e o mercado ficará de olho para ajustar suas expectativas. Hoje o consenso é de que o ano-safra de 2019/2020 ainda terá um superávit mundial, não as atuais 8.6 milhões de sacas de 18/19, mas talvez metade disto", afirma Rodrigo Costa, analista e diretor da Comexim nos Estados Unidos.

O dólar comercial voltou a subir ante o real nesta segunda à espera de mais uma pesquisa de intenções de votos do Ibope, divulgada mais tarde. A divisa fechou o dia com alta de 1%, cotada a R$ 4,0880 na venda. As oscilações cambiais impactam diretamente nas exportações das commodities, mas em compensação influencia nos preços.

Além disso, o otimismo com a produção no Brasil na safra 2018/19 também ainda permeia os futuros do arábica. "Ideias de forte produção no Brasil e no Vietnã, juntamente com o enfraquecimento das moedas de mercados emergentes estão mantendo os futuros sob pressão de venda", disse em relatório o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou na última terça-feira (18) que a produção brasileira de café pode totalizar neste ano 59,9 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg. Essa seria a maior produção na história do país. Os trabalhos de colheita caminham para a finalização no país.

Os estoques de café da Europa aumentaram 2,3% no último mês de agosto, segundo dados divulgados pela Federação Europeia do Café (ECF, na sigla em inglês) nesta segunda-feira. Com isso, o volume armazenado no final do mês atingiu 705.483 toneladas, acima das 689.372 toneladas do mês anterior.

Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro de café seguiram lentos nos últimos dias. "Mesmo nestes anos de forte crescimento do consumo mundial e de grandes lucros para o comércio internacional, as bases de preços praticadas no mercado físico de café são ruinosas para a maioria dos cafeicultores em todo o mundo", disse em informativo o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 445,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,18% e saca a R$ 430,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com saca cotada a R$ 420,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,48% e saca a R$ 417,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Lajinha (MG) com queda de 1,27% e saca a R$ 390,00.

Na sexta-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 409,74 e queda de 0,38%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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