Biotecnologia

Biotecnologia para soja combate as principais lagartas da cultura

Plataforma ainda é tolerante a Glifosato e Dicamba


Publicado em: 02/12/2019 às 15:00hs

Biotecnologia para soja combate as principais lagartas da cultura

Pragas como as lagartas e plantas daninhas como buva são responsáveis, todas as safras, por perdas na produtividade de soja nas lavouras brasileiras. Segundo a Embrapa, as lagartas podem comprometer de 30 a 50% de uma lavoura e um estudo recente da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com análise de duas safras, mostrou que em áreas não afetadas por buva a produtividade ficou em 69,7 sacas/hectare, enquanto aquelas que cresceram junto com a buva não passaram de 40 sacas. E a expectativa é que, na próxima safra, o Brasil colha um recorde da oleaginosa. Segundo dados da Conab são esperados 120,8 milhões de toneladas.

Para auxiliar o produtor a Bayer está lançando a terceira geração da biotecnologia Intacta 2 Xtend®. A tecnologia protege contra duas das principais lagartas: a Helicoverpa armígera e a Spodoptera cosmioides, somando essas às outras quatro espécies de legartas que já eram atacadas pela geração anterior. Além disso a tecnologia é tolerante a dois importantes herbicidas: Glifosato e Dicamba, permitindo um controle mais amplo das plantas daninhas. O estudo a respeito já dura 15 anos e nesta safra áreas de teste foram plantadas em todas as regiões produtoras do país. Foram 254 propriedades com cerca de 5 hectares cada, sendo 19 destes pontos chamados de Lab Farm, áreas experimentais especiais. Pesquisadores e técnicos observam essas áreas de perto e também orientam para aplicação correta de defensivos como o Dicamba. “Queremos dar mais um salto de produtividade na soja, com mais proteção que essa tecnologia oferece. Os estudos finais estão feitos nessa safra e na próxima para que possamos lançar na safra 21/22”, destaca André Menezes, gerente de Portfólio Dicamba da Bayer.

Manejo inteligente

Dias de campo estão acontecendo nos principais Estados produtores como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo. A expectativa é reunir cerca de 10 mil produtores para mostrar como a biotecnologia funciona na prática e as medidas que ele deve tomar para extrair o máximo de potencial da cultura. Inicialmente, em um caminhão, eles conhecem as características da Intacta 2 Xtend®, baseada em cinco frentes: biotecnologia de última geração, amplo controle de plantas daninhas, alta eficiência contra lagartas, genética avançada e manejo inteligente. Neste último quesito eles recebem dicas de como realizar o manejo do Dicamba de forma a extrair o máximo do potencial do herbicida.

Além de utilizar a tecnologia correta, com o produto correto é preciso fazer um manejo eficiente com foco em resultados. Entre os conhecimentos repassados estão orientações técnicas de como aplicar o produto, o equipamento adequado quanto ao tamanho de barra e a importância de revisar o equipamento antes da aplicação para obter bom desempenho técnico e com economia. Os produtores podem observar o desempenho de aplicação com diferentes tipos de bico, vendo como esse item faz a diferença para ter menos deriva. “Tem os tecnologias de aplicação testadas a campo em todas as regiões, respeitando as diferenças locais. Não queremos que nada chegue ao produtor com dúvida”, ressalta Fernando Martins, engenheiro agrônomo e Coordenador Técnico da Cotrijal, cooperativa de Não-Me-Toque (RS).

Nova formulação

O Dicamba é um herbicida conhecido dos produtores e que pode ser aplicado no pré-plantio e como pós-emergente, oferecendo amplo controle de plantas daninhas de folhas largas como buva, caruru, corda-de-viola e picão-preto. A Bayer está trazendo ao mercado uma nova formulação do herbicida. Entre as características a redução de até 13 vezes no índice de volatilidade da gota, o que facilita a pulverização.

Durante os dias de campo os produtores também acompanham na prática uma aplicação com produto mostrando a diferença da escolha do bico correto para que gere uma gota ultra-grossa, ideal para não gerar deriva com o Dicamba. O sojicultor Felipe Bisognin, de Jaboticaba, norte gaúcho, acompanhou atento às novas informações. “A gente vem sofrendo muito com lagarta e buva e a informação que nos leva a melhorar o que já temos e alcançar a produtividade que tanto trabalhamos para ter. Acho que a nova tecnologia é perfeitamente adaptável ao nosso negócio e esperamos que saia logo para que possamos experimentar”, completa.

Fonte: Agrolink

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