Algodão

Aprovada tecnologia GM para o algodão

A nova variedade desenvolveu uma maior eficácia contra lagartas


Publicado em: 22/08/2018 às 11:00hs

Aprovada tecnologia GM para o algodão

A Comissão Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou uma nova tecnologia geneticamente modificada (GM) para a cultivar do algodão. Desenvolvido pelo Dow Agrosciences, o algodão Widestrike 3, agora, será submetido ao Registro Nacional de Cultivares (RCN), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para ser disponibilizado no mercado agrícola.

A nova variedade de algodão transgênico combina três proteínas Bt, são elas Cry1F, Cry1Ac, VIP3A e, por consequência disso, desenvolveu uma maior eficácia contra lagartas. Além desse fator, ela também possui tolerância ao herbicida glufosinato de amônio, no entanto, não é resistente ao glifosato.

Recentemente as safras de algodão vêm sendo prejudicadas por ataques constantes de lagartas, que estão causando inúmeras perdas paras os produtores. Nesse cenário, a nova tecnologia pode ser considerada uma opção na estratégia de manejo das plantas voluntárias de algodão, facilitando o cumprimento do vazio sanitário exigido por lei para o controle do bicudo do algodoeiro, por exemplo.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), Arlindo de Azevedo Moura, o surgimento de novas tecnologias que visam auxiliar os produtores e a indústria do algodão sempre são bem-vindas. Segundo ele, a modificação genética de culturas agrícolas tem sido fundamental para o desenvolvimento do setor.

“A pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias em cultivares transgênicas, junto com o melhoramento genético, tem sido fundamental para o Brasil avançar na produtividade, como tem acontecido nos últimos vinte anos”, comenta.

A aprovação vale para o cultivo, produção, manipulação, transferência, comercialização, importação, exportação, armazenamento do produto e de seus derivados. Uma versão com tolerância ao glifosato já foi aprovada no Japão, México e Coreia do Sul.

Fonte: AGROLINK

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