É época de plantar feijão. Os produtores paulistas investem na chamada safra das águas. O nome está relacionado ao período do ano em que a colheita é realizada, quando as chuvas são frequentes.

A região do município de Itapeva (SP), no Sudeste Paulista, responde por quase metade da safra do grão no Estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O agricultor Thiago Yoshimura planta feijão direto na palha seca da aveia. A expectativa dele é colher 40 sacas por hectare, mas está na torcida para que a chuva venha na hora certa e, com isso, que a produtividade se confirme.

No município de Capão Bonito (SP), Alan de Proença antecipou o plantio para aproveitar as condições do solo, que está mais úmido por causa da chuva dos últimos dias. As sementes já germinaram e os pés começaram a crescer.

Uma das preocupações dos produtores é a incerteza que ronda o mercado. Alan Senciati de Proença reclama do custo alto e das dificuldades para vender a safra. Ele diz que a tendência é a redução da área de plantio nos próximos anos.

Alan, que pensava antes em cultivar 120 hectares com feijão, só plantou 90 hectares. É bem menos do que no ano passado, quando a área cultivada foi de 150 hectares.