Preços Agropecuários

Preços do milho reagem no mercado brasileiro com anúncio de Pepro

As operações para aos estados de MT, MS, GO e BA, serão suficientes para o escoamento de 7 a 10 milhões de toneladas


Publicado em: 05/08/2014 às 19:10hs

Preços do milho reagem no mercado brasileiro com anúncio de Pepro

No mercado interno, as negociações do milho estão travadas. A situação é decorrente do anúncio do Governo, que deverá destinar cerca de R$ 500 milhões para a realização de leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural). As operações para aos estados de MT, MS, GO e BA, serão suficientes para o escoamento de 7 a 10 milhões de toneladas.

Em entrevista à Reuters Brasil, o Ministro da Agricultura, Neri Geller, sinalizou que o primeiro leilão deverá ser feito até o dia 15 de agosto. Por enquanto, não há definição a respeito dos prêmios que serão pagos aos produtores que participarem das operações.

Diante da notícia, o analista de mercado da Agrogt Corretora de Cereais, Gilberto Toniolo, explica que os agricultores estão retendo as vendas. "Temos uma nova situação no mercado brasileiro, essa informação travou as negociações. E já temos uma reação nos preços do cereal na BMF&Bovespa, no físico e na sequência deveremos ter uma modificação no indicador Esalq", diz o analista.

Além disso, a recente alta no câmbio, cotado nesta terça-feira (5) a R$ 2,27, com alta de 0,66%, também contribuiu para alavancar os preços praticados no Porto de Paranaguá. Na segunda-feira, o preço praticado no Porto fechou em R$ 24,50, com valorização de 2,08%. Na última sexta-feira, o valor de fechamento ficou em R$ 24,00.

Em contrapartida, os compradores que estavam adquirindo o produto da mão-pra-boca deverão retornar ao mercado. "Os compradores que estavam em uma zona de conforto, em função da oferta e preços mais baixos, estão com estoques mais curtos. Com isso, quem comprou o milho a R$ 23,50, já pagou R$ 24,50 hoje. Mas ainda temos que esperar o edital do leilão", explica.

E frente aos preços mais baixos praticados no mercado interno, devido ao avanço da colheita da segunda safra estimada em 46,19 milhões de toneladas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), vários representantes do setor já tinham solicitado a atuação do Governo por meio de políticas de apoio a comercialização. Após as altas registradas no início do ano, as cotações do milho recuaram expressivamente e, em muitas regiões, principalmente no Centro-Oeste do país estão abaixo dos valores mínimos fixados pelo Governo.

Fonte: Notícias Agrícolas

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