Preços Agropecuários

Preços do etanol disparam com clima e demanda forte

Depois de subir 2,8% na última semana, o preço do etanol hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos, deu ontem uma nova guinada nas usinas em São Paulo


Publicado em: 11/02/2014 às 11:40hs

Preços do etanol disparam com clima e demanda forte

Depois de subir 2,8% na última semana, o preço do etanol hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos, deu ontem uma nova guinada nas usinas em São Paulo. Na média, negócios foram fechados a R$ 1,36 por litro, alta de 3%, segundo traders. O valor já está 13% acima do registrado em igual período da safra passada. É também o maior preço desde 20 de abril de 2011, segundo o indicador Cepea/Esalq.

A avaliação do mercado é de que a oferta é justa em relação à demanda. No entanto, o estopim para a valorização expressiva teria sido, segundo especialistas, a percepção de que o clima seco nos canaviais tende a atrasar o início da próxima safra, quando entra produção nova de etanol.

O diretor da comercializadora de etanol Bioagência, Tarcilo Rodrigues, afirma que o estoque de hidratado existente hoje é suficiente para atender a demanda até meados de abril, quando entra um maior volume etanol "novo". "No entanto, o mercado acredita que a estiagem pode atrasar o início da próxima moagem, fazendo com que o estoque atual tenha que se esticar um pouco".

A valorização de 3% registrada ontem deve chegar ao consumidor final nos postos em, no máximo, duas semanas e já será suficiente para elevar a paridade do preço do etanol com o da gasolina nos postos de São Paulo dos atuais 67% para 69,5%, segundo traders. O percentual é bem próximo do nível de 70%, quando passa a ser indiferente para o consumidor, do ponto de vista econômico, abastecer com etanol ou gasolina. A tendência, segundo Rodrigues, é que os preços continuem subindo até que a demanda recue.

O preço do etanol também está subindo para os motoristas do país. Na semana encerrada em 8 de fevereiro, foi observada alta em 13 Estados, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), com a maior valorização registrada em Mato Grosso (1,13%).

Fonte: Canal do Produtor

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