Publicado em: 02/09/2025 às 11:20hs
Os preços do café apresentaram quedas significativas na manhã desta terça-feira (2), refletindo ajustes técnicos após fortes avanços recentes. No mercado de Nova York, o café arábica registrou recuos superiores a 2% nos contratos futuros mais próximos.
Segundo informações da Reuters, operadores apontam que o mercado estava tecnicamente sobrecomprado, o que torna natural uma correção de curto prazo. Apesar disso, o cenário climático continua sustentando expectativas altistas para o café.
O boletim do Escritório Carvalhaes indica que o padrão climático no Brasil permanece imprevisível. Secas, chuvas irregulares e frentes frias, que provocaram geadas e queda de granizo nas principais regiões produtoras, afastam a possibilidade de uma safra recorde em 2026.
Além disso, os estoques continuam em níveis historicamente baixos, tanto em países produtores quanto consumidores, e a pressão das tarifas impostas pelos EUA sobre o café brasileiro contribui para a volatilidade do mercado.
Por volta das 9h40 (horário de Brasília), os contratos futuros do café arábica apresentavam:
Na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (ICE Futures Europa), o café robusta encerrou a segunda-feira (1º) com fortes perdas, pressionado por correção técnica e realização de lucros após um aumento de 45% em agosto.
Os contratos tiveram os seguintes fechamentos:
A liquidez reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos (Dia do Trabalho) também contribuiu para a volatilidade no pregão.
O mercado do café robusta continua influenciado pela decisão dos EUA de aplicar uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro, interrompendo praticamente o comércio de grãos entre os dois países e pressionando os estoques.
Segundo dados da bolsa, os especuladores aumentaram suas posições líquidas compradas para 5.545 lotes em 26 de agosto, acrescentando 4.479 lotes ao total.
O Rabobank observa que, embora as tarifas mantenham perspectivas de curto prazo otimistas, uma correção acentuada pode ocorrer caso os EUA isentem o café brasileiro ou fechem um acordo comercial com o Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
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