Publicado em: 07/01/2025 às 11:40hs
Os preços ao produtor no Brasil registraram uma alta de 1,23% em novembro, refletindo a pressão exercida pelos preços dos alimentos, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este aumento elevou o índice acumulado em 12 meses para 7,59%, o maior valor desde setembro de 2022, embora ainda abaixo do pico de 9,84% observado naquele mês. Em outubro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia mostrado uma variação de 0,97%.
Entre as 24 atividades analisadas pelo IBGE, 18 apresentaram variações positivas de preço em relação ao mês anterior. O setor de alimentos foi o principal responsável pelo desempenho geral em novembro, contribuindo com 0,53 ponto percentual para a alta do índice, com um crescimento de 2,09%. Este foi o oitavo mês consecutivo de valorização nesse segmento.
Alexandre Brandão, gerente do IPP, destacou que a desvalorização do real é um dos fatores que tem impulsionado os preços, mas também mencionou questões climáticas, tanto internas quanto externas, como a produção de café no Vietnã, que foi afetada ao longo do ano. O aquecimento da demanda, impulsionado pela melhoria do mercado de trabalho, também tem sido um fator importante nesse cenário.
Outras indústrias que também tiveram grande influência no aumento de preços de novembro incluem a metalurgia (contribuição de 0,24 ponto percentual), as indústrias extrativas (0,09 p.p.) e o refino de petróleo e biocombustíveis (0,09 p.p.). Em termos de variação, os destaques foram a metalurgia, com uma alta de 3,62%, seguida por outros equipamentos de transporte (2,74%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,56%) e fumo (2,41%).
O IPP, indicador utilizado pelo IBGE, mede as variações dos preços de produtos na "porta da fábrica", ou seja, sem a inclusão de impostos e frete, em 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Fonte: Portal do Agronegócio
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