Preços Agropecuários

Preço do tomate pode aumentar até 100% em Mato Grosso

Com o período de chuvas, o tomate iniciou a curva de elevação dos preços, trazendo seu primeiro impacto: a inflação


Publicado em: 14/11/2013 às 11:50hs

Preço do tomate pode aumentar até 100% em Mato Grosso

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a escassez da fruta fez com que o valor fosse reajustado em 21,32% em outubro, ante a deflação de 7,61% em setembro, refletindo diretamente no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-C1). E quem quiser manter o tomate no carrinho de compras deve se preparar, já que a tendência é de aumento. “Começou em torno de 20%, vai para 50% até dezembro e no período chuvoso entre janeiro e fevereiro, quando temos o pico da chuva, chega a 100% ou mais”, avalia Vico Capistrano de Alencar, coordenador Regional da Empaer na Baixada Cuiabana.

Ele lembra que no início deste ano, o reajuste ultrapassou 200%, saindo de uma média de R$ 2,50 para R$ 8 (kg). “É uma cultura apropriada para trabalhar com irrigação controlada. A época das águas facilita o aparecimento de praga e a ‘queima’ (ataque de fungos) do tomate. Não são resistentes todas as variedades”. Segundo o coordenador da Empaer, o tomate volta a ser o “vilão” do bolso de todos brasileiros, sem exceção. Para os mato-grossenses, o preço fica mais “salgado” porque o Estado não produz.

O supervisor de Vendas da rede Compre Mais, Derli Locatelli, conta que, há 3 semanas, o quilo do tomate nos supermercados da rede custava R$ 1,99 e hoje está em R$ 4,39. Ele explica que os fornecedores de Goiânia já estão com problemas na oferta do alimento por causa da chuva e outras regiões produtoras, como São Paulo e Curi- tiba, atendem outras demandas, o que acaba pressionando o preço. “É o contrário do leite, que tende a baixar agora porque está chovendo”, compara o supervisor, ao ressaltar que o valor repas- sado ao consumidor depende do preço do fornecedor. “Se com- prar barato, a gente vende barato. É um produto que madura e perde”.

Dica - É possível colocar as condições climáticas a favor do orçamento familiar. Conforme Alencar, enquanto o tomate e as folhagens encarecem com a chuva, outros alimentos ficam mais baratos (melão, melancia, abóbora, beringela, quiabo). “Uma coisa compensa a outra. Agora é a época propícia para outras culturas. A orientação é que os consumidores passem a consumir esses produtos”. Lição que Maria Beatriz, 41, conhece bem. A dona de casa já começou a tirar o tomate da lista de compras. “A gente gosta, mas daqui a pouco virá ‘artigo’ de luxo”, brinca.

Fonte: A Gazeta

◄ Leia outras notícias
/* */ --