Por ora, nada parecido com o ocorrido dois anos atrás, em agosto de 2011, quando o produto foi negociado, internamente, por um preço (em dólar) 8% superior ao registrado internacionalmente.

Foi, aparentemente, um “acidente de percurso”, logo corrigido. Mas sem que o preço externo viesse a apresentar andamento destoante do registrado internamente: caia o preço aqui, o exportado acompanhava; o mercado interno reagia, o preço externo ia junto.

Isso só mudou de forma mais concreta no início deste ano, ocasião em que o produto destinado ao mercado externo obteve franca valorização, enquanto internamente o preço do produto simplesmente despencava.

Para dar melhor ideia do que isso representava, basta dizer que enquanto em janeiro o preço interno do frango congelado correspondeu a 94% do valor do produto exportado, três meses depois mal chegava a 68%. Porque o preço internacional aumentou 11,6%, enquanto internamente ocorria desvalorização da ordem de 18,5%.

Mas o “descolamento” observado no início de 2013 foi efêmero. Pois, com certeza influenciados pela forte valorização do dólar, os preços externos também passaram a recuar. Inclusive em julho passado quando, internamente, o produto deu os primeiros sinais de reação do ano.

De toda forma, é bom repetir que, até aqui, não há nada parecido com o registrado dois anos atrás. Pois, a despeito dos retrocessos mais recentes, na variação ponta a ponta dos últimos 24 meses o frango congelado exportado registra valorização de 11,45%. Já o produto interno, dolarizado, sofre desvalorização de 32,76%. O que significa dizer que perdeu, praticamente, um terço do seu valor.