Publicado em: 09/09/2025 às 10:35hs
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgaram nesta sexta-feira (8) a Análise da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos referente a agosto de 2025. O levantamento acompanha o valor dos 12 ou 13 produtos que compõem a cesta básica em todas as capitais brasileiras.
Segundo o estudo, o preço médio da cesta básica apresentou redução em 24 das 27 capitais, enquanto Macapá (AP), Palmas (TO) e Rio Branco (AC) registraram aumento no período. A maior queda foi observada em Maceió (AL), com -4,10%.
O presidente da Conab, Edegar Preto, destacou que a parceria entre as duas instituições reforça a política de incentivo à produção de alimentos. Ele ressaltou ações recentes, como:
“Esses números comprovam o acerto da nossa política agrícola e mostram que estamos no caminho certo para garantir alimentos acessíveis à população”, afirmou Preto.
Entre julho e agosto de 2025, as quedas mais significativas foram registradas em:
O levantamento também apontou que São Paulo registrou o maior custo da cesta básica, R$ 850,84, seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34). Já os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 558,16), Maceió (R$ 596,23), Salvador (R$ 616,23) e Natal (R$ 622,00).
Na comparação entre agosto de 2024 e agosto de 2025, todas as 17 capitais com série histórica apresentaram aumento no valor da cesta, variando de 3,37% em Belém a 18,01% em Recife.
Considerando a cesta mais cara do país, em São Paulo, o salário mínimo necessário para suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência foi estimado em R$ 7.147,91, equivalente a 4,71 vezes o salário mínimo vigente (R$ 1.518,00). Em julho de 2025, o valor havia sido de R$ 7.274,43.
O tempo médio de trabalho necessário para adquirir a cesta básica caiu para 101 horas e 31 minutos, comparado a 103 horas e 40 minutos em julho.
O percentual do salário mínimo líquido destinado à cesta básica ficou em 49,89%, abaixo do registrado em julho (50,94%).
Entre julho e agosto, os produtos que mais contribuíram para a redução do valor da cesta foram:
Segundo Patrícia Costa, economista do DIEESE, a queda nos preços representa um alívio para o orçamento das famílias, mesmo diante de impactos externos, como o aumento das tarifas norte-americanas.
A parceria, firmada no final de 2024, visa monitorar os preços da cesta básica em todas as capitais brasileiras, contribuindo para a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e para a Política Nacional de Abastecimento Alimentar. Com a iniciativa, a coleta de preços passou de 17 para 27 capitais, permitindo análises mais precisas e abrangentes.
Para acessar a Análise Mensal da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos de agosto de 2025 e conferir todos os dados detalhados, consulte o site oficial da Conab. https://www.gov.br/conab/pt-br.
Fonte: Portal do Agronegócio
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