Publicado em: 15/10/2013 às 10:40hs
O consumidor deve preparar o bolso: o preço médio das carnes bovina, suína e de frango subiu nos últimos 30 dias e a previsão é de que os aumentos continuem até o fim do ano.
Na primeira semana de setembro, em açougues do centro de Ribeirão Preto, SP, o quilo do frango resfriado custava em média R$ 4,20 e, nesta segunda-feira (14), era encontrado por R$ 5,90 em açougues, em salto de 40,47%.
Já o quilo do patinho valia R$ 13,50 em setembro, e ontem era vendido por médios R$ 15,50, em reajuste de 14,81%. No caso da costela suína, o quilo aumentou 22,30%: foi de R$ 13 para atuais R$ 15,90.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, os motivos das altas são principalmente a oferta menor de animais para abate e os preços elevados do milho e do farelo de soja, que formam a alimentação animal.
Há um terceiro motivo: o morador de Ribeirão mantém o ritmo de consumo, o que pressiona ainda mais os preços.
“Adquirimos carnes diariamente e os preços que pagamos só têm subido e devem continuar em alta”, diz Márcio Luiz Ferreira, do Açougue do Mercadão, no Mercado Municipal, no centro.
A dona de casa Fátima Gonçalves, moradora do Parque Ribeirão, conferia nesta segunda os preços de cortes bovinos no estabelecimento.
“Está tudo muito caro, mas não tem jeito de ficar sem carne vermelha”, disse. “A saída é comprar um corte de segunda.”
Valores tendem a cair, mas só no médio prazo
Os preços tendem a cair no médio prazo. Para pesquisadores do Cepea, da Esalq/USP, incentivado pelo consumo firme, o setor deve receber novos investimentos.
Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Pinto de Corte (Apinco), o volume da carne produzido em agosto somou 1,06 milhão de toneladas, 2,7% abaixo de junho.
Conforme o Cepea, no início deste ano os baixos valores pagos pelo suíno vivo fizeram com que produtores ofertassem volume maior de cabeças para manutenção da atividade.
Já estimativas da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) mostram que a quantidade de boi confinado este ano no Brasil deve ser de 3,3 milhões de cabeças, abaixo das 3,7 milhões projetadas em abril.
Fonte: A Cidade
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