Publicado em: 07/11/2025 às 16:00hs
O mercado do boi gordo encerrou a semana em clima de instabilidade, marcado por especulações sobre possíveis restrições da China às importações de carne bovina brasileira.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, circularam informações de que autoridades chinesas estariam se reunindo com representantes da agroindústria nacional após a detecção de níveis de Fluazuron acima do permitido em alguns lotes de carne enviados ao país asiático.
O especialista avalia que existe a possibilidade de retração nas compras chinesas a curto prazo, o que pressionou o mercado futuro do boi gordo e levou à queda nas cotações nesta quinta-feira (6).
Além das questões sanitárias, o mercado segue atento ao andamento de uma investigação aberta pela China em dezembro de 2024, que busca apurar se as importações de carne bovina brasileira estariam afetando a indústria local.
De acordo com Iglesias, uma decisão desfavorável nesse processo poderia impactar negativamente as exportações do Brasil, reduzindo a competitividade no mercado internacional.
Com esse cenário de incerteza e cautela, diversos frigoríficos reduziram o volume de compras de gado durante a quinta-feira (6), aguardando maiores definições por parte das autoridades chinesas.
Apesar das tensões no mercado internacional, os preços da arroba do boi gordo tiveram desempenho positivo em parte das regiões produtoras.
Confira as cotações registradas no dia 6 de novembro, na modalidade a prazo, conforme levantamento da Safras & Mercado:
Segundo Iglesias, o mercado atacadista de carne bovina confirmou a tendência de preços firmes durante a semana, refletindo o aquecimento do consumo doméstico.
O analista aponta que fatores como o pagamento do 13º salário, as confraternizações de fim de ano e a geração de empregos temporários devem sustentar a demanda nos próximos meses.
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada somaram US$ 1,775 bilhão em outubro, com média diária de US$ 80,7 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume total embarcado atingiu 320,5 mil toneladas, com média diária de 14,57 mil toneladas, e preço médio de US$ 5.538,90 por tonelada.
Na comparação com outubro de 2024, houve:
Fonte: Portal do Agronegócio
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