Publicado em: 07/11/2025 às 17:00hs
O mercado brasileiro de carne suína registrou uma semana de poucas variações de preços, tanto para o quilo vivo quanto para os principais cortes no atacado. De acordo com análise da Safras & Mercado, o ambiente de negócios segue equilibrado, refletindo uma postura mais prudente da indústria diante do cenário de reposição e demanda.
Segundo o analista Allan Maia, da Safras & Mercado, o setor ainda age com cautela, aguardando uma recuperação mais consistente da carne no atacado.
“A reposição começou a apresentar um pouco mais de fluidez e os cortes do atacado tiveram ligeira alta. As expectativas são positivas para as próximas semanas, especialmente com a entrada dos salários na economia”, destacou o especialista.
Maia observa que a combinação entre o aquecimento do consumo doméstico e o ajuste dos estoques para as festas de fim de ano deve trazer novo impulso à demanda, tanto no varejo quanto na indústria.
O analista também destacou que o cenário para os preços das carnes concorrentes — frango e bovina — é favorável e pode reforçar a atratividade do consumo de carne suína.
“No último bimestre, é comum observar ajustes de estoques por parte dos varejistas, impulsionados pela demanda de fim de ano, pagamento do décimo terceiro salário e criação de postos temporários de trabalho. Todos esses fatores ajudam a fortalecer a procura na ponta final”, explicou Maia.
De acordo com levantamento da Safras & Mercado, a média nacional do quilo do suíno vivo recuou ligeiramente de R$ 7,89 para R$ 7,88 na semana. Já o preço médio dos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 12,51, e o da carcaça especial em R$ 13,46.
Em São Paulo, a arroba suína subiu de R$ 166,00 para R$ 167,00. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo manteve-se em R$ 6,75 na integração e R$ 8,40 no mercado independente.
Em Santa Catarina, os preços permaneceram em R$ 6,70 (integração) e R$ 8,30 (interior). No Paraná, houve estabilidade, com o quilo vivo a R$ 8,40 no mercado livre e R$ 6,90 na integração.
No Mato Grosso do Sul, as cotações se mantiveram em R$ 8,00 em Campo Grande e R$ 6,70 na integração. Em Goiás, os preços seguiram em R$ 8,00. Já em Minas Gerais, o valor caiu levemente de R$ 8,30 para R$ 8,20, com o mercado independente mantendo R$ 8,50. No Mato Grosso, o quilo vivo ficou estável em R$ 8,00 em Rondonópolis e R$ 7,20 na integração estadual.
O desempenho das exportações brasileiras de carne suína “in natura” segue positivo. Em outubro de 2025, o Brasil embarcou 125,65 mil toneladas, com receita de US$ 320,45 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A média diária das exportações foi de 5,71 mil toneladas, com receita de US$ 14,56 milhões por dia e preço médio de US$ 2.550 por tonelada.
Na comparação com outubro de 2024, houve alta de 8,8% no valor médio diário, crescimento de 8% na quantidade embarcada e elevação de 0,7% no preço médio. O desempenho reforça o bom momento do setor e compensa a estabilidade dos preços internos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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