Publicado em: 18/09/2025 às 11:00hs
O mercado de soja nas regiões produtoras do Brasil apresentou estabilidade nesta quinta-feira (18), com variações pontuais em alguns estados, segundo levantamento da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, os preços permaneceram inalterados no interior, com a saca cotada a R$ 135,00 em cidades como Cruz Alta, Passo Fundo e Santa Rosa, enquanto no porto as indicações foram de R$ 142,50 (+0,35%) para pagamento em meados de setembro.
Em Santa Catarina, o cenário também foi de pouca movimentação: a saca manteve-se em R$ 128,00 em Rio do Sul, e apresentou leve queda em Palma Sola, para R$ 123,00. Já o porto de São Francisco registrou R$ 140,82 por saca.
No Paraná, os preços apresentaram comportamento misto devido ao déficit de armazenagem e variações regionais. O Porto de Paranaguá registrou queda de 0,82%, cotado a R$ 141,56 por saca. No interior, os preços caíram levemente: Cascavel (R$ 128,79, -0,03%), Maringá (R$ 129,09, -0,09%), Ponta Grossa (R$ 130,63, -0,05%) e Pato Branco (R$ 123,92).
No Mato Grosso do Sul, o plantio da safra 2025/26 começou após o fim do vazio sanitário, com otimismo dos produtores. Os preços spot da soja variaram em pequenas faixas: Dourados (R$ 125,06, +0,81%), Campo Grande (R$ 126,06, +0,78%) e Chapadão do Sul (R$ 120,87, +0,42%).
No Mato Grosso, a oscilação foi maior devido ao déficit de armazenagem: Campo Verde e Primavera do Leste registraram R$ 123,55 (+0,57%), enquanto Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso fecharam em R$ 121,51 (-0,79%). O cenário reflete a pressão logística sobre o escoamento da safra.
No mercado internacional, os contratos da Bolsa de Chicago (CBOT) continuaram a registrar quedas nesta quinta-feira, mantendo a tendência da sessão anterior. Por volta das 7h20 (horário de Brasília), o contrato janeiro estava cotado a US$ 10,59 por bushel e o maio a US$ 10,87, com perdas de 3,75 a 4 pontos nos contratos mais negociados.
O recuo também atingiu os derivados da soja: o farelo para outubro caiu 0,66%, fechando a US$ 283,90/ton curta, enquanto o óleo de soja despencou 2,75%, para US$ 51,24/libra-peso. Segundo operadores, a baixa foi impulsionada pela realização de lucros, queda acentuada no óleo e cautela global, especialmente diante da reunião do Federal Reserve e da expectativa sobre a conversa entre Donald Trump e Xi Jinping.
Entre os principais fundamentos que pressionam as cotações estão:
Em contraponto, no Brasil, a ANEC elevou a estimativa de exportações de soja e farelo para setembro, com os portos asiáticos como principais destinos, oferecendo algum suporte aos preços domésticos.
Apesar da estabilidade interna, os produtores acompanham atentamente os mercados internacionais, a logística de armazenamento e o ritmo de exportações. Pequenas oscilações nos preços regionais refletem tanto a dinâmica do escoamento quanto a expectativa sobre a demanda externa.
Fonte: Portal do Agronegócio
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