Preços Agropecuários

IPPA registra queda em julho, mas acumula alta de 16,4% no ano, aponta Cepea

Índice de Preços ao Produtor Amplo registra recuo no mês, mas acumula forte valorização desde janeiro, refletindo pressões no setor agropecuário


Publicado em: 20/08/2025 às 11:40hs

IPPA registra queda em julho, mas acumula alta de 16,4% no ano, aponta Cepea

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) apresentou queda em julho, mas ainda acumula expressivo aumento no acumulado do ano, segundo dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Queda do IPPA em julho

Em julho, o IPPA registrou recuo nominal de 3,2% em relação ao mês anterior. A retração foi influenciada por diferentes grupos de produtos:

  • IPPA-Grãos: queda de 1,4%
  • IPPA-Pecuária: queda de 3%
  • IPPA-Cana-Café: queda expressiva de 9,1%

Em contrapartida, o IPPA-Hortifrutícolas avançou 3,4% no mesmo período.

A análise comparativa com o Índice de Preços por Atacado de Produtos Industriais (IPA-OG-DI), calculado pela FGV, mostra que este último subiu 0,8% de junho para julho, indicando que os preços agropecuários se desvalorizaram frente aos industriais na economia brasileira.

Cenário internacional pressiona preços

No mercado externo, os preços dos alimentos convertidos em reais recuaram 2,3% em julho. O movimento refletiu dois fatores:

  • Queda do dólar frente ao real, de 0,3%
  • Retração de 1,9% nos valores internacionais dos alimentos

Essa combinação contribuiu para a redução do valor dos produtos agropecuários quando comparados ao mercado internacional.

Acumulado de 2025 mostra alta significativa

No comparativo entre os sete primeiros meses de 2025 e o mesmo período de 2024, o IPPA apresenta avanço expressivo de 16,4%, impulsionado principalmente por:

  • IPPA-Grãos: alta de 7,4%
  • IPPA-Pecuária: alta de 25,8%
  • IPPA-Cana-Café: alta de 27,7%

Por outro lado, IPPA-Hortifrutícolas registrou queda de 13,4% no acumulado do ano.

Durante o mesmo período, o IPA-OG-DI teve aumento de 5%, enquanto os preços internacionais dos alimentos convertidos em reais subiram 11%, impulsionados pela valorização de 11,1% do dólar, mesmo com ligeira retração de 0,2% nos preços internacionais.

Fonte: Portal do Agronegócio

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