Preços Agropecuários

Índice de Preços Agropecuários recua 3% em junho, mas acumula alta de 18,4% no ano

Apesar da queda mensal, IPPA segue em trajetória positiva em 2025, impulsionado por grãos, pecuária e setor sucroenergético


Publicado em: 29/07/2025 às 11:10hs

Índice de Preços Agropecuários recua 3% em junho, mas acumula alta de 18,4% no ano
Queda generalizada no mês de junho

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) registrou uma redução nominal de 3% em junho, na comparação com o mês anterior. De acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), todos os grupos analisados apresentaram retração: o IPPA-Grãos caiu 2,1%, o IPPA-Pecuária recuou 1,6%, o IPPA-Hortifrutícolas teve baixa de 3,5%, e o IPPA-Cana-Café apresentou a maior queda, de 7,7%.

Comparação com o setor industrial e cenário internacional

No mesmo período, o Índice de Preços por Atacado de Produtos Industriais (IPA-OG-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), também recuou, mas em menor intensidade: 2,3%. Isso demonstra que os preços agropecuários tiveram queda mais acentuada do que os industriais no Brasil.

Em nível global, as cotações internacionais dos alimentos convertidas para Reais caíram 3,7% em junho. Esse movimento foi influenciado tanto pela desvalorização do dólar frente ao real, que recuou 2,1%, quanto pela retração de 2,5% nos preços internacionais dos alimentos.

Desempenho positivo no acumulado do ano

Apesar da retração em junho, o IPPA acumula alta expressiva de 18,4% nos seis primeiros meses de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024. Esse avanço foi puxado principalmente pelos grupos IPPA-Cana-Café, que subiu 32,6%, IPPA-Pecuária, com alta de 27,3%, e IPPA-Grãos, que cresceu 8,9%. Na contramão, o grupo IPPA-Hortifrutícolas teve queda de 12,4% no acumulado.

Enquanto isso, o IPA-OG-DI apresentou elevação de 5,6% no mesmo intervalo. Já os preços internacionais dos alimentos em Reais avançaram 9,8%, refletindo a valorização de 13,2% do dólar no período e um leve aumento de 0,2% nas cotações internacionais dos alimentos.

Fonte: Portal do Agronegócio

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