A alta apenas confirma (como observou o AviSite no início da semana) que a produção atual vem sendo insuficiente para atender a demanda, o que pode levar a mais reajustes no curto prazo.

Note-se, no entanto, que a firmeza de mercado atual não resulta de redução da produção ou, então, de aumento expressivo da demanda. Ou seja: a procura pode ter aumentado, sim. Mas não a ponto de gerar a valorização observada no mês. Por outro lado, a produção (pelos indicadores disponíveis) parece ter se mantido nos mesmos níveis de meses anteriores. Então, qual o porquê da forte reação?

Pelo que se comenta, o déficit que vem sendo registrado é ocasionado, sobretudo, pelo inverno mais rigoroso observado neste ano. E isso quer dizer que, mesmo mantida a produção nos níveis anteriores, a produtividade (tanto de reprodutoras como de pintos comerciais) vem sendo seriamente afetada, resultando em menor oferta do produto final – o frango.

Se isso for confirmado, deve servir de alerta ao setor. Pois o frio deve ser superado em curto espaço de tempo (a Primavera já não está tão distante) e a produtividade deve retornar ao normal.

Por isso, é melhor não se entusiasmar com os resultados do momento. Mesmo porque, apesar da valorização mais recente, o frango vivo continua cotado por um valor nominal 15% menor que o registrado no início de 2013.

Em tempo: ao contrário do habitual, desta vez Minas Gerais não acompanhou São Paulo. Entre os mineiros os negócios com o frango vivo desenvolvem-se em mercado calmo e, por essa razão, o preço local permanece inalterado (há 18 dias) em R$2,65/kg.