Publicado em: 09/05/2014 às 11:00hs
Isso quer dizer – como deixa claro o gráfico abaixo – que na maior parte do período a evolução relativa do preço do frango vivo (ou “involução”, já que o preço inicial do ano foi superado em apenas uma ocasião e por brevíssimo espaço de tempo) foi melhor que a do frango abatido.
Assim, observa-se (exemplo tomado ao acaso) que em 25 de abril o preço alcançado pelo frango abatido correspondia a 91,70% do valor registrado no início do ano, enquanto o do frango vivo ficava em 92% - uma diferença de apenas 0,3 ponto percentual pró-frango vivo.
Pois essa hegemonia foi rompida nos últimos dias de abril e se mantém até agora. Ontem, por exemplo, a cotação do frango vivo (inalterada desde o penúltimo dia de abril) correspondeu a 88% do valor alcançado na abertura de 2014; já a do frango abatido correspondeu a 94,61% do valor inicial do ano – uma diferença de 6,61 pontos percentuais, mas agora a favor do frango abatido.
Em 2013, ano em que – em vários momentos – o mercado conviveu com grandes excedentes de frango vivo, o frango abatido alcançou, na média, valor 31% superior à cotação obtida pelo frango vivo.
Neste ano e até 25 de abril essa média recuou para 28% - confirmando o melhor ajustamento da oferta de aves vivas. Mas a partir daí a diferença voltou a subir de maneira significativa. Nas últimas duas semanas o frango abatido alcançou, em média, valor quase 42% superior ao da ave viva, com picos de até 47% - diferença de mais de 60% em relação à média de 28% registrada na maior parte do ano.
Conclusão: está ocorrendo, novamente, oferta excedente de frangos vivos, situação que pode estar sendo causada por um aumento de produção (possibilidade pouco provável) ou redução no ritmo de abates. A rápida valorização do frango abatido nos últimos dias (independente do “momento” do mercado) sugere como mais próxima da verdade a última hipótese.
Fonte: Avisite
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