Publicado em: 01/07/2014 às 08:20hs
Um prato de feijão com arroz está mais caro para quem mora em Belém. Uma pesquisa realizada pelo Dieese em feiras, mercados e supermercados na Região Metropolitana mostra que a alimentação básica dos paraenses continua entre as mais caras o país, em especial o feijão, que tem apresentando altas de preços em 2014.
Segundo o Dieese, nos últimos 10 anos, o produto apresentou um reajuste acumulado de preço de aproximadamente 470%.
Em julho de 1994, o preço médio de um quilo de feijão na Grande Belém era de R$ 1,10; em dezembro de 2013 o quilo do mesmo foi comercializado a 4,97; em abril foi encontrado a R$ 6,04 e no mês de maio sofreu um novo aumento e foi vendido para a população a R$ 6,27.
O reajuste corresponde a 3,81% em relaão a abril, contra uma inflação de 0,60%. Nos cinco primeiros meses de 2014, o reajuste acumulado no preço do produto já chega a 26,16% contra uma inflação de 3,52%.
Para o Dieese, várias são as causas apontadas para tentar justificar esta situação de altas sucessivas no preço da alimentação dos paraenses.
Segundo o órgão, atualmente, cerca de 60% dos produtos básicos que chegam a mesa dos paraenses são importados de outros estados brasileiros e esta situação tem tido influência nos preços para o consumidor.
A pesquisa revela ainda quantas horas de trabalho seriam necessárias para que o trabalhador tenha feijão na mesa.
A previsão de consumo mensal do feijão por trabalhador no Pará é de 4,5 kg, considerando que o gasto total mensal de consumo do produto no mês de maio foi de R$ 28,22, o tempo de trabalho necessário para adquirir o produto foi de 8h35, comprometendo na sua aquisição cerca de 4,24% do salário mínimo vigente.
Fonte: G1 PA
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