Preços Agropecuários

Efeito da Copa sobre o preço do frango: mínimo; ou nulo

Saudada desde o ano passado como um dos potenciais impulsionadores do consumo da carne de frango em 2014, a Copa do Mundo terminou sem que seus possíveis “eflúvios” fossem percebidos no setor


Publicado em: 21/07/2014 às 12:00hs

Efeito da Copa sobre o preço do frango: mínimo; ou nulo

Ou seja: exceto por alguma valorização naqueles cortes que integram o churrasco de todas as torcidas, o evento não deixa saudades no setor. Até pelo contrário.

Levado em conta que, normalmente, os preços do frango retrocedem mal encerrado o período de pagamento dos salários, o fato de em junho a estabilidade de preços ter prosseguido segunda quinzena adiante poderia ser considerado efeito positivo da Copa.

Porém, passados os 10-11 primeiros dias do campeonato, os preços voltaram a recuar, estabilizando-se em patamar inferior ao observado dias antes do início da Copa. Por sua vez, a queda registrada na semana passada é movimento típico de todo final de mês, nada tendo a ver com o final do evento esportivo.

Mesmo assim alguém poderá concluir que o frango foi, sim, beneficiado, pois seu valor médio no período analisado apresentou incremento de, praticamente, 15% sobre a média de idêntico período do ano passado.

Com certeza não é conveniente recorrer a essa comparação, porquanto em 2013, exatamente no mês de junho, o preço do frango (vivo e abatido) chegava ao “fundo do poço”. A ponto de a remuneração então obtida ser inferior à de junho de 2012. Portanto, não houve vantagem nenhuma no ganho mais recente.

Tem mais, porém: em 2013, tomando como referência o mesmo período ocupado em 2014 pela Copa, o frango abatido valorizou-se cerca de 5%. Neste ano o movimento foi totalmente oposto: houve desvalorização de mais de 3%.

Mas não só isso: se do ponto de vista do preço não houve ganhos, sob o aspecto logístico a Copa foi um desastre para o setor. Pois da mesma forma que as galinhas botam seus ovos independente de domingos ou feriados, os frangos em criação têm momento certo para serem abatidos, processados e/ou comercializados. E os feriados ou semi-feriados subverteram toda a logística essencial à normalidade do processo. Daí a Copa não ter deixado saudade. Aliás, não só na avicultura.

Fonte: Avisite

◄ Leia outras notícias