A estabilidade observada não era esperada quando novembro começou. Então, a cotação vigente no interior paulista registrava redução de mais de 16% (cinquenta centavos) em relação a primeiro de outubro. E essa perda se tornava alarmante na medida em que ocorreu no curtíssimo espaço de duas semanas ou, mais exatamente, na segunda metade de outubro. Ou seja: temia-se que ela avançasse novembro adentro.

Como se vê, não foi o que ocorreu, ao contrário. Ainda fraco nos primeiros dias do mês, logo o mercado estabilizou-se, registrando quadro que variou entre calmo e firme. E, não por graça da primeira parcela do décimo terceiro salário, essa estabilidade se manteve no decorrer da segunda quinzena do mês, confirmando que um novo ponto de equilíbrio havia sido atingido.

Mesmo assim, o resultado de novembro foi, pela segunda vez consecutiva neste semestre, negativo em relação ao mês anterior: preço quase 11,5% menor que o de outubro. Além disso, pela primeira vez após 18 meses consecutivos de resultados positivos, o preço médio do último mês ficou negativo em relação ao mesmo mês do ano anterior, com queda de 3,39%.

Isso, de toda forma, já era previsto e só não ocorreu em setembro ou outubro porque uma quebra de produção (efeito do inverno) ocasionou déficits de oferta nesses dois meses.

Por outro lado, o resultado negativo não afeta sobremaneira a média de preço anual (11 primeiros meses de 2013), da ordem de R$2,46/kg, valor que se encontra pouco mais de 18,5% acima da média registrada nos 12 meses de 2011.