Alegam ainda que no ano passado recebiam cinco vezes mais pela Cebola e que este ano, alem da safra maior, enfrentam a concorrência, principalmente, de Minas Gerais.

A região é a maior produtora de Cebola do Estado. Metade dos 6 mil hectares cultivados anualmente em São Paulo c produzida nessa região. A perda c ainda maior, já que foi contabilizado o prejuízo somente dos 120 produtores de São José do Rio Pardo, não somando outros municípios próximos onde a Cebola também é cultivada. Somente na cidade a previsão era colher 60 mil toneladas, porém, apenas 40 mil foram colhidas.

O chefe da Casa da Agricultura local, Rodrigo Vieira de Morais, disse que 30% da produção já foi perdida e não teria como ser comercializada mesmo se surgissem compradores. "A Cebola que é produzida aqui não é como a da Argentina, que é mais seca c tem uma durabilidade maior. A nossa tem mais água e, por isso, acaba se perdendo um pouco mais rápido", falou ao Estado.

Segundo ele, o bom preço no ano passado fez aumentar muito o plantio no País e a safra este ano foi maior. "Os produtores apostaram na Cebola." Além disso, a chuva dc março impediu o escalonamento na produção e a plantação ocorreu nos meses de abril e maio.

Já a colheita toda aconteceu entre setembro e outubro, com o mercado cheio e os preços cm baixa. A saca de 45 quilos, que em 2012 chegou a R§ 30, agora está em RS 6.

Parte dessas cebolas ainda poderia ser consumida, pois elas parecem normais após a retirada das primeiras camadas.

"São cebolas sadias, mas não tem o padrão que o mercado exige. Dessa forma, o produtor não tem como comercializar", explica o agrônomo Luiz Roberto de Oliveira.

Assim, sem ter como vender, colher também não é rentável, o que faz com que a Cebola acabe apodrecendo na terra.

Estimativa

60 mil toneladas era a previsão de colheita na cidade de São José do Rio Pardo (SP) este ano.