Publicado em: 17/07/2025 às 09:30hs
O segundo semestre de 2025 representa o ponto mais crítico da estação de crescimento das lavouras de grãos e oleaginosas nos Estados Unidos. A influência direta do clima nas regiões produtoras do Hemisfério Norte será determinante para os rumos dos preços no mercado internacional ao longo dos próximos meses.
Além dos fatores climáticos, o cenário atual também é impactado por um movimento global de aversão ao risco provocado por tarifas comerciais. Essa instabilidade pode influenciar diretamente os preços dos grãos, oleaginosas e demais commodities agrícolas, com efeitos esperados nos próximos dias, semanas e até meses.
Segundo Andrew Hecht, trader de commodities e analista da Barchart — empresa global de tecnologia financeira e fornecedora de dados de mercado —, milho, trigo e soja estão sendo negociados abaixo dos picos registrados em 2022. No entanto, apresentam uma tendência de mínimas mais altas ao longo das últimas décadas, o que pode sinalizar um caminho ascendente no médio e longo prazo.
Para Hecht, dois fatores principais sustentam o potencial de valorização dos grãos:
“Essas duas forças exercem uma pressão altista sobre os preços e limitam o espaço para quedas mais acentuadas”, afirma o analista.
Hecht destaca também o bom desempenho dos contratos futuros de óleo de soja, que subiram 16,97% no segundo trimestre de 2025 e acumularam alta de 32% no primeiro semestre, encerrando junho cotados a 52,51 centavos de dólar por libra-peso.
Outro fator relevante no cenário atual foi o aumento da previsão dos estoques globais de soja para o início e o fim do ciclo 2025/2026, conforme o relatório WASDE de junho, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Essa estimativa reforça a perspectiva de oferta suficiente para atender à demanda internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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