Publicado em: 27/08/2013 às 15:50hs
A avaliação é do sócio diretor da Agroconsult, André Pessôa. 'Há uma modesta recuperação dos preços internacionais do açúcar, com entrada com mais força de China e Índia na importação', ponderou. O consultor apresentou suas projeções para o mercado de cana-de-açúcar no 3º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, que ocorre nesta segunda-feira, 26, em hotel de São Paulo (SP).
Pessôa salientou as dificuldades enfrentadas pelo setor no País. Até 2018, ele espera uma redução dos investimentos e concentração do setor. 'Provavelmente precisaremos de duas safras adiante para voltar a uma situação que permita especulação sobre investimentos. Até lá, haverá uma consolidação do setor, daqueles grupos que têm capital para fazer investimento', disse.
Pessôa estima receita de R$ 18 a R$ 20 por tonelada de cana moída, mas lembra que a conta é de R$ 18 por tonelada para cobrir os custos. 'Esses R$ 11 por tonelada de cana moída que tivemos na última safra claramente não foram suficientes para fechar as contas', afirmou. 'Vínhamos no nível de R$ 18/t, graças ao açúcar. O álcool não paga a conta em 6 ou 7 safras', complementou. Só que a redução dos preços do açúcar fez com que o mercado se voltasse para uma safra mais alcooleira nesta temporada.
O consultor projetou uma safra de 800 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2018/19, mas avaliou que a tendência é de que a produção de etanol caminhe para safras mais dedicadas ao álcool anidro, que é misturado à gasolina, se não forem feitos reajustes no preço da gasolina.
Se houver um aumento do preço do combustível derivado do petróleo, o etanol poderia representar 32% do combustível usado nos carros flex no ciclo 2018/19. Hoje o nível é de 26%. Na avaliação de Pessôa, se o cenário de preços depreciados persistir, em cinco anos o etanol representará 20% do mercado de carros flex.
Fonte: Agência Estado
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