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Soja: Após queda recente, mercado esboça tímida reação nesta 6ª na CBOT de olho na China

Por volta das 9h05 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity exibiam ganhos entre 2,50 e 3,00 pontos


Publicado em: 14/09/2018 às 10:13hs

Soja: Após queda recente, mercado esboça tímida reação nesta 6ª na CBOT de olho na China

As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (14) com ligeiras altas. Por volta das 9h05 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity exibiam ganhos entre 2,50 e 3,00 pontos. O vencimento novembro/18 era cotado a US$ 8,36 por bushel, enquanto o janeiro/19 operava a US$ 8,49 por bushel.

O mercado esboça uma tímida reação depois de recuar mais de 6 pontos do dia anterior. De acordo com informações da Reuters internacional, os participantes do mercado observam as potenciais negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Ainda nesta quinta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, reportou que o país não está sob pressão para negociar com a nação asiática. Apesar das informações de que autoridades chinesas receberam um convite de Washington para uma nova rodada de negociações, com o aumento das tarifas dos EUA.

"O maior fator potencial de oscilação do balanço dos EUA é o número de exportações, e qualquer mudança na situação tarifária nos EUA pode sustentar a soja dos EUA", disse Jonathan Lane, diretor comercial da Gleadell em entrevista à Reuters.

Essa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a safra de soja em 127,72 milhões de toneladas nesta temporada. Número acima do divulgado anteriormente, de 124,81 milhões de toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja: Diante da alta do dólar, preços sobem mais de 2% nesta 5ª no Porto de Paranaguá

Diante da forte valorização cambial, os preços da soja subiram nos portos brasileiros nesta quinta-feira (13). Em Paranaguá, o valor disponível subiu 2,08% e bateu R$ 98,00 a saca, já o futuro, para entrega março/19, registrou alta de 2,33%, com a saca da oleaginosa a R$ 88,00.

Em Rio Grande, o disponível subiu 0,54%, com a saca da soja a R$ 93,00. O futuro, para entrega em outubro/18, apresentou valorização de 0,54% e a saca a R$ 93,50. Enquanto isso, a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 4,1957 na venda, com alta de 1,21%, maior nível desde a sua criação.

"As preocupações com o cenário eleitoral doméstico fizeram com que o dólar superasse 1 por cento de valorização nesta quinta-feira e batesse a máxima recorde do Plano Real, ao terminar próximo dos 4,20 reais", informou a Reuters.

No mercado interno, a saca da soja subiu 2,78% no Oeste da Bahia e encerrou o dia a R$ 74,00. Na região de Primavera do Leste (MT), a alta foi de 2,47%, com a saca a R$ 83,00. Conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, outras praças também apresentaram ganhos nesta quinta-feira.

Na visão do consultor de mercado da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, novas altas ainda podem ocorrer entre os meses de outubro e novembro. "Teremos uma escassez interna e mantemos o bom ritmo de exportação, os prêmios voltaram a subir e temos um dólar acima de R$ 4,10. Teremos um momento de venda física de soja até novembro, o produtor deve fazer médias", orienta.

Bolsa de Chicago

Em mais uma sessão de volatilidade, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram o dia em campo negativo. Após operar dos dois lados da tabela, as cotações da commodity fecharam o pregão com perdas de mais de 6 pontos, uma desvalorização de quase 1%.

O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 8,22 por bushel, enquanto o novembro/18 trabalhava a US$ 8,33 por bushel. O janeiro/19 trabalhava a US$ 8,47 por bushel e o março/19 encerrou o pregão a US$ 8,59 por bushel.

"Os preços da soja caíram nesta quinta-feira, com os comerciantes se preocupando com problemas comerciais não resolvidos com a China, já que uma safra potencialmente recorde nos EUA está próxima", reportou o portal Farm Futures.

Ainda nesta quinta-feira, o presidente Donald Trump, afirmou que os EUA não estão sob pressão para negociar com a China. No início do dia, a nação asiática teria informado que "recebeu bem o convite dos Estados Unidos para realizar uma nova rodada de discussões comerciais, no momento em que Washington se prepara para intensificar a guerra comercial entre os dois países com tarifas sobre 200 bilhões de dólares em bens chineses", segundo a Reuters.

Além disso, o consultor de mercado da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, informou que a queda também é um reflexo retardado das novas projeções trazidas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira. O órgão revisou para 127,72 milhões de toneladas a produção de soja no país nesta temporada.

No boletim de agosto, o número estava em 124,81 milhões de toneladas. Já a produtividade subiu de 57,83 sacas para 59,17 sacas por hectare.

"No mesmo dia desse relatório tivemos uma confirmação do Governo da China de que as importações de soja da temporada 2018/19 irão recuar bem acima do esperado. Dois fatores que combinados geram uma pressão baixista no curto, médio e longo prazo", explica o consultor.

Como fator positivo, o USDA indicou as vendas semanais de soja em 693,5 mil toneladas de soja, na semana encerrada no dia 6 de setembro. O volume ficou dentro das expectativas do mercado, entre 500 mil a 1 milhão de toneladas.

O departamento informou ainda a venda de 228,01 mil toneladas de soja. Cerca de 108,01 mil toneladas foram adquiridas pelo México e o volume deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.

Já o restante, de 120 mil toneladas, foram compradas por destinos desconhecidos. Do total, 40 mil toneladas, serão entregues no ciclo 2018/19 e, 80 mil toneladas do grão, na campanha 2019/20.

Fonte: Notícias Agrícolas

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