Publicado em: 11/10/2013 às 12:30hs
A capacidade estática total de armazenagem é de 4,2 milhões de toneladas, o que significa que 30% da produção não tem estocagem.Cooperativas agropecuárias e governo estadual irão, a partir deste mês, desenvolver um intensivo programa para reduzir em 50% esse déficit de 2,3 milhões de tonelada no prazo de um ano.
Essa meta foi estabelecida em Chapecó, durante encontro da Organização das Cooperativas de SC (Ocesc) com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca, oportunizado pela Exposição-feira Agropecuária, Industrial e Comercial (EFAPI 2013) que ocorre até domingo.
As cooperativas tomarão financiamento ancorado em linha especial de crédito do governo federal, criada especialmente para construção de armazéns, com as seguintes facilidades: 15 anos de prazo, três anos de carência, 3,5% de juros ao ano e sem limite de financiamento.
O governo do Estado, através do recém-criado programa “Armazenar”, suportará 50% dos juros anuais até o limite de projetos que atinjam a um milhão de toneladas, o que equivalerá a 500 milhões de reais em investimentos em cerca de uma centena de projetos. Os juros equivalerão a 166 milhões de reais e, desse volume, o governo catarinense pagará 83 milhões de reais.
Os recursos federais serão liberados pelo BNDES e operados pelo Banco do Brasil e BRDE. Os armazéns poderão ser construídos em concreto armado ou aço e estarão equipados com balança, pré-limpeza, secadores, climatizadores e sistema de carga e descarga.
O presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan, destacou que o programa “Armazenar” atendeu a reivindicação do setor cooperativista para reduzir o déficit de armazenagem do Estado. Observou que a Organização das Nações Unidas para Alimentação (FAO) indica como ideal uma cobertura de 120%, ou seja, deveria existir capacidade de armazenagem20% superiora produção total.
ESTÍMULO
Zordan também elogiou o programa “Milho10T” destinado a aumentar a produtividade média para 10 toneladas de milho por hectare cultivado, apresentado pelo secretário adjunto da Agricultura, Airton Spies. Esse programa assegurará a autossuficiência de milho. Santa Catarina importa, anualmente, 2,3 milhões de toneladas de milho do Brasil central, suportando elevados custos de transporte.
O Estado cultiva 600.000 hectares com milho, mas, desses, 100 mil destinam-se a silagem, portanto, não saem da propriedade e são utilizados na nutrição animal. Os 500.000 hectares restantes podem – se o programa Milho 10T for exitoso – gerar cinco milhões de toneladas, portanto, solucionando a insuficiênciade milho para consumo catarinense.
Outra iniciativa para a eliminação do déficit de milho via aumento da produtividade é a utilização de sementes de alta tecnologia, Metade das 220.000 sacas de sementes que a Secretaria da Agricultura disponibilizou pelo programa TROCA-TROCA é de alta produtividade. Para o cultivo dessa semente foi distribuído calcário calcítico.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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