A Descartes, empresa que oferece soluções de logística e supply chain management baseadas em cloud computing, por meio de seu produto Descartes DatamyneTM - provedor da maior base de dados de trade pesquisável do mundo, cobrindo o comércio global de 230 mercados em cinco continentes - acaba de divulgar um relatório que indicou a retomada das importações depois do auge da crise sanitária ocasionada pelo coronavírus. 

De acordo com o documento, antes da pandemia, o volume de importações atingiu a marca de US＄ 139 bilhões de janeiro a setembro de 2019; em 2020, ano em que as operações sofreram maior impacto por conta da pandemia, este número foi de US＄ 102 bilhões. Já em 2021, houve crescimento para US＄ 143 bilhões, superando o valor atingido em 2019.

Segundo especialistas do setor, as conexões não presenciais se tornaram mais simples e acessíveis nesses últimos tempos e isso tem colaborado muito com o reaquecimento do Comércio Exterior, tanto na otimização de operações do dia a dia, quanto em processos de homologação de fornecedores. Além disso, a demanda por mais itens de segurança nas comunicações remotas ou serviços que exigem rastreabilidade, por exemplo, também elevaram o nível/necessidade de inovação em muitas empresas e isso não deve mudar com o passar do tempo.

Segundo o relatório da Descartes Datamyne, a China foi o país que mais vendeu mercadorias para o Brasil, com um volume de US＄ 33,2 bilhões. Em seguida, vêm os Estados Unidos, que comercializaram US＄ 22,3 bilhões, e a Alemanha, com volume de US＄ 7,6 bilhões. Argentina, Índia e Japão também figuram entre os grandes importadores para o Brasil, entre outros.

A principal porta de entrada de produtos no país é o Porto de Santos. Por lá, ingressaram principalmente óleo diesel, com volume de US＄ 4,8 bilhões; em seguida vem o óleo bruto de petróleo, com volume de US＄ 3 bilhões, outros cloretos de potássio, com US＄ 2,5 bilhões, ureia com teor de nitrogênio, com US＄ 1,9 bilhões. A ureia CO(NH2)2 é um fertilizante sólido granulado tida como principal fonte de nitrogênio (N) para adubação no Brasil. Esse fertilizante apresenta como vantagem a alta concentração de Nitrogênio aliada ao baixo custo de produção e transporte, além da facilidade de aplicação -- daí sua importância para o Agronegócio.

Outros produtos com alto volume são as vacinas para medicina humana, com US＄ 1,7 bilhões, e os automóveis com motor a diesel também atingiu marca semelhante a das vacinas humanas - US＄ 1,7 bilhões.

Este relatório é fundamental para compreender a retomada da economia do ponto de vista das importações, bem como ter um panorama das oportunidades do mercado no pós-pandemia. São dados valiosos que podem servir de baliza para este novo momento, no qual se espera uma alavancagem dos negócios.