Publicado em: 25/09/2025 às 11:35hs
A reforma tributária em tramitação deve provocar mudanças significativas nas importações realizadas por empresas brasileiras. O sistema atual, caracterizado por fragmentação e benefícios regionais distintos, será substituído por um modelo uniforme baseado no destino, exigindo que importadoras revisem suas estratégias logísticas e fiscais.
A previsão de extinção gradual de benefícios estaduais até 2032, aliada à definição do local de incidência de tributos como CBS e IBS, terá impacto direto no fluxo de caixa e nas margens operacionais. Durante o período de transição, as empresas enfrentarão desafios na migração do regime tributário atual para o novo modelo.
“A carga tributária na importação é elevada. Tributos como PIS, COFINS, ICMS e IPI incidem sobre bases de cálculo distintas e, somados à burocracia vigente, dificultam a previsibilidade financeira. Por isso, alguns Estados concedem incentivos fiscais para atrair investimentos e desonerar empresas, como o TTD 410 em Santa Catarina, Invest no Espírito Santo e o TTS Corredor de Importação em Minas Gerais”, explica especialista em tributação.
As trading companies, responsáveis por intermediar operações de encomenda, também precisarão se adaptar, já que o novo modelo tende a favorecer compras diretas entre fornecedor estrangeiro e importador final.
A reconfiguração das cadeias de suprimento exigirá planejamento tributário integrado e redesenho das rotas logísticas para manter a competitividade. A principal preocupação das importadoras será equilibrar eficiência operacional diante do aumento da carga tributária e da eliminação dos incentivos estaduais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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