Logística e Transporte

Recebimentos Itinerantes levam logística reversa a produtores rurais e ampliam devolução correta de embalagens no agro

Ações itinerantes aproximam o campo da logística reversa


Publicado em: 17/12/2025 às 15:00hs

Recebimentos Itinerantes levam logística reversa a produtores rurais e ampliam devolução correta de embalagens no agro

A logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas avança em todo o Brasil com o apoio das ações de Recebimento Itinerante, que levam pontos temporários de coleta até as comunidades rurais. A iniciativa facilita o descarte correto por parte dos produtores e reforça o compromisso do agronegócio com a sustentabilidade e o meio ambiente.

Com aproximadamente 4,5 mil ações realizadas por ano, os Recebimentos Itinerantes têm papel essencial no apoio a pequenos e médios produtores, que muitas vezes enfrentam dificuldades para acessar unidades fixas de recebimento. Essa estrutura descentralizada amplia o alcance da logística reversa e fortalece o Sistema Campo Limpo, modelo nacional de gestão sustentável de embalagens agrícolas.

Parceria com cooperativas e prefeituras fortalece a iniciativa

As ações itinerantes são viabilizadas por uma ampla rede de parcerias locais, que inclui sindicatos, cooperativas, órgãos fiscalizadores, prefeituras e revendas. Essas instituições auxiliam na organização, mobilização e orientação dos produtores, o que contribui para ampliar o impacto da iniciativa e garantir o destino ambientalmente correto das embalagens.

“As campanhas itinerantes facilitam a entrega e ajudam os produtores a cumprir com a obrigação legal. Também orientamos sobre o uso correto dos defensivos, o armazenamento seguro e a tríplice lavagem das embalagens antes da devolução”, destaca Fabiano, técnico da EMATER/RS.

Educação ambiental e responsabilidade compartilhada

Além de simplificar a devolução, os Recebimentos Itinerantes têm um importante papel educativo. Durante as campanhas, os produtores recebem orientações sobre boas práticas agrícolas e armazenamento temporário das embalagens, reforçando a conscientização sobre os impactos ambientais do descarte irregular.

Para Plínio Scortegagna, produtor rural da região Sul, que participa das ações há anos, a prática é essencial para o equilíbrio ambiental:

“Participo do recebimento uma vez ao ano. Isso mantém o meio ambiente limpo e saudável.”

Essas iniciativas mostram como a responsabilidade compartilhada entre os elos da cadeia — indústria, distribuidores e agricultores — é fundamental para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

Sistema Campo Limpo: modelo de referência em sustentabilidade

Coordenado pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), o Sistema Campo Limpo é reconhecido mundialmente como referência em logística reversa de embalagens agrícolas.

Desde 2002, o programa já destinou de forma ambientalmente correta mais de 800 mil toneladas de embalagens e sobras pós-consumo em todo o país. A operação funciona com base no princípio da responsabilidade compartilhada, envolvendo indústrias, canais de distribuição e agricultores, com fiscalização do poder público.

Atualmente, o Sistema conta com:

  • 411 unidades fixas de recebimento;
  • 256 associações de revendas e cooperativas;
  • Mais de 2 milhões de propriedades rurais impactadas;
  • E ações complementares como os Recebimentos Itinerantes, que ampliam a cobertura e a eficiência do processo.
Sustentabilidade e compromisso com o futuro

De acordo com Ana Telma Maia, coordenadora regional institucional do inpEV, os Recebimentos Itinerantes são uma solução prática e transformadora:

“Essas ações levam aos agricultores uma forma segura e eficiente de devolver as embalagens vazias. Assim, reforçamos o compromisso do agro com a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente, facilitando o acesso e promovendo conscientização.”

Com iniciativas como essa, o Sistema Campo Limpo consolida-se como um exemplo de gestão ambiental no setor agropecuário, unindo inovação, responsabilidade e cooperação em prol de um futuro mais limpo e sustentável.

Fonte: Portal do Agronegócio

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