Publicado em: 01/07/2025 às 10:50hs
Entre janeiro e maio de 2025, o Porto de Paranaguá embarcou 1.280.167 toneladas de carnes — entre frango, bovina e suína — com destino a mercados importantes como China, Japão, Emirados Árabes e Arábia Saudita. Esse volume representa um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Especificamente na carne de frango, Paranaguá responde por 44,1% de toda a produção nacional exportada, o que é mais que o dobro da participação do Porto de Santos (20,9%). Em 2024, a fatia do porto paranaense chegou a 48% das exportações brasileiras de aves congeladas.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2025, a participação da Portos do Paraná nas exportações brasileiras de proteína animal congelada atingiu 35,1% do total nacional, consolidando o Porto de Paranaguá como o maior corredor exportador de carnes do país.
O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, atribui esses resultados à gestão eficiente e aos investimentos em infraestrutura, como o aumento da profundidade do canal, que permite movimentar maior volume sem custos extras para os exportadores.
Apesar das limitações impostas por alguns países devido a um caso isolado de gripe aviária no Rio Grande do Sul, os embarques de aves congeladas cresceram 2,5% em relação ao ano anterior, totalizando 923.477 toneladas nos primeiros cinco meses de 2025.
Além do frango, o porto mostra forte desempenho nas exportações de carne bovina, com um crescimento de 50,9% até maio, comparado a 2024. A movimentação passou de 183.570 para 276.969 toneladas, ficando atrás apenas do maior terminal exportador do país.
Gabriel Vieira, diretor de Operações Portuárias da Portos do Paraná, destaca que o complexo portuário tem capacidade para diversos tipos de carga e confirma Paranaguá como a principal porta de saída das carnes de frango, bovina e suína do Brasil. “O que o Paraná e o Brasil produzirem, temos capacidade de exportar”, afirma.
Dados do IBGE referentes ao primeiro trimestre de 2025 mostram que o Paraná é responsável por 34,6% da produção nacional de carne de frango e ocupa a segunda colocação na produção de carne suína, com 21,9% do total do país. Na pecuária bovina, o estado teve um crescimento no abate, com 354 mil cabeças abatidas entre janeiro e março — 14,2 mil a mais que no mesmo período de 2024, o que corresponde a 3,6% da produção nacional.
Em 2024, o Paraná abateu mais de 2,2 bilhões de aves, 12,4 milhões de suínos, quase 629 mil bovinos, além de produzir mais de 180 mil toneladas de peixes. O estado conta com 557 empresas no setor de abate e processamento de carnes, formando um dos maiores complexos do país.
Luiz Fernando Garcia ressalta que toda essa capacidade produtiva exige um sistema logístico marítimo eficiente para garantir a entrega precisa dos produtos no mercado internacional, consolidando Paranaguá como peça-chave na cadeia exportadora brasileira.
Fonte: Portal do Agronegócio
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