Logística e Transporte

Paraná lidera crescimento nas exportações de carne de peru em 2025 e se destaca no agronegócio

Crescimento das exportações de peru supera média nacional


Publicado em: 15/09/2025 às 19:40hs

Paraná lidera crescimento nas exportações de carne de peru em 2025 e se destaca no agronegócio

O Paraná registrou o maior crescimento percentual do Brasil nas exportações de carne de peru entre janeiro e julho de 2025. O volume exportado pelo estado aumentou 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o país teve retração de 11%. Em receita cambial, o Paraná faturou 21,3% a mais, bem acima da alta de 2,5% observada nacionalmente, de acordo com boletim do Departamento de Economia Rural (Deral).

Segundo o veterinário Roberto Carlos Andrade e Silva, no Boletim de Conjuntura Agropecuária, “o Brasil não é um dos maiores produtores mundiais de peru, mas a atividade tem papel relevante tanto no mercado interno quanto nas exportações”.

Paraná se destaca entre os principais estados produtores

O Paraná, terceiro maior produtor e exportador de peru do país, foi o único a registrar crescimento em comparação com os sete primeiros meses de 2024. Foram exportadas 7.642 toneladas, gerando US$ 21,746 milhões, frente a 7.244 toneladas e US$ 17,932 milhões do ano passado.

Santa Catarina, líder no segmento, teve redução de 8,5% no volume exportado (de 14.537 para 13.300 toneladas), embora a receita tenha subido 8,9%, alcançando US$ 38,691 milhões. O Rio Grande do Sul também apresentou queda, de 25,6% no volume e 31,4% na receita.

Principais destinos da carne de peru

Os principais compradores da carne de peru brasileira nos primeiros sete meses de 2025 foram:

  • México: 4.529 toneladas
  • Chile: 3.129 toneladas
  • África do Sul: 2.734 toneladas
  • Países Baixos: 2.062 toneladas
  • Peru: 2.039 toneladas
Exportação de abacate e impacto de tarifas nos EUA

O boletim do Deral também analisou a exportação de abacate brasileiro. Apesar de o país ser o sétimo maior produtor mundial, com 4% da produção global em 2023, ocupa apenas a 18ª posição em exportações, com 26,2 mil toneladas.

No Paraná, o setor madeireiro foi o mais impactado pelas tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos, com perda de US$ 25 milhões em divisas em relação a agosto de 2024. O segmento cafeeiro foi menos afetado, beneficiando-se da diversificação de destinos, enquanto a bovinocultura registrou ganhos expressivos em sebo, couros e gelatina.

Produção de ovos e início do plantio de soja

No primeiro semestre de 2025, a produção nacional de ovos somou 2,447 bilhões de dúzias, crescimento de 7,6% sobre o mesmo período do ano anterior. O Paraná produziu 231,278 milhões de dúzias, 1,8% acima de 2024, ocupando a terceira posição no ranking nacional.

Quanto à soja, a partir de 11 de setembro está liberada a emersão das plantas na Região 3 do Paraná (Sudoeste). Na Região 1 (municípios do sul), o vazio sanitário termina em 20 de setembro. Na Região 2 (Norte, Noroeste e Oeste), o plantio segue tímido, com apenas 17,4 mil hectares semeados dos 5,8 milhões previstos.

Milho: safra antiga quase encerrada e nova em andamento

A colheita do milho de segunda safra 2024/25 no Paraná está praticamente finalizada, com 96% dos 2,79 milhões de hectares concluídos. Paralelamente, o plantio da primeira safra 2025/26 avançou para 24% dos 315 mil hectares projetados, com 98% das lavouras em boas condições e 2% medianas.

Fonte: Portal do Agronegócio

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