Publicado em: 23/03/2015 às 19:50hs
“Notícias deste início de 2015 nos permitem analisar perspectivas para a economia e confirmar algumas variáveis que têm implicações diretas nos portos e no desenvolvimento do país. A principal delas está relacionada ao movimento de nosso comércio exterior e o seu impacto na nossa infraestrutura logística”. Essa é a opinião do Presidente do Porto Itapoá e vice-presidente da ATP (Associação dos Terminais Privados), Patrício Junior.
Para ele, não obstante uma piora momentânea dos resultados da balança, com déficit comercial em 2014, o movimento de exportações e importações nos portos brasileiros continuará elevado, com forte sobrecarga sobre a infraestrutura “hoje disponível, ainda insuficiente para uma demanda crescente, a despeito dos avanços recentes”.
Para Junior, o próprio potencial da economia, hoje a 7ª maior do mundo no critério de PIB, faz com que a tendência se mantenha. “É preciso lembrar que a queda nas exportações no ano passado foi transitória, influenciada, como se sabe, por fatores exógenos, entre eles, a crise Argentina, que é o maior comprador de manufaturados brasileiros, e a queda nos preços de commodities”. Para ele, o déficit final também foi pressionado pelo aumento das importações de petróleo, por razões igualmente transitórias.
O executivo explica ainda que após os ajustes necessários na política econômica, que para ele já estão em andamento, o país deverá retomar a trajetória de desenvolvimento sustentável, possivelmente a partir de 2016. “Para que se concretize como um círculo virtuoso, esse processo deverá estar necessariamente condicionado a uma moderna e eficiente infraestrutura logística, em especial nos portos”.
Segundo ele 95% das trocas comerciais brasileiras passam pelos portos. Além disso, ele ressalta que o fato de ter ocorrido uma piora no resultado da balança, não significa que tenha havido redução nas trocas comerciais e sim ao contrário.
Fonte: Guia Marítimo
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