Publicado em: 26/09/2025 às 19:00hs
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta sexta-feira (26) uma nota técnica apontando que 73,8% das exportações brasileiras para os Estados Unidos continuam sujeitas a tarifas adicionais, mesmo após a recente atualização da lista de isenções da Ordem Executiva 14.257 do governo americano. Ao todo, 6.033 produtos de diversos setores permanecem sobretaxados.
Antes da revisão da lista, as tarifas incidiam sobre 77,8% das exportações brasileiras, abrangendo 6.037 produtos.
Ricardo Alban, presidente da CNI, afirmou que o cenário atual evidencia a necessidade de avanço nas negociações comerciais com os EUA.
“Ainda temos uma parcela altíssima da pauta afetada. O cenário reforça a urgência de avançarmos na negociação. Vemos com entusiasmo a sinalização de uma reunião entre Lula e Trump na próxima semana e esperamos que seja o início de uma negociação oficial para reverter esse cenário. A situação que temos hoje não beneficia ninguém”, destacou Alban.
A atualização da lista incluiu 39 produtos agora isentos das tarifas recíprocas, como minerais críticos, químicos industriais e metais preciosos e de base. Ao mesmo tempo, códigos referentes a produtos de cobre, além de resinas e silicones, foram excluídos da lista de isenções.
13 desses produtos foram exportados pelo Brasil em 2024, somando aproximadamente US$ 1,7 bilhão, equivalente a 4,1% do total exportado para os EUA.
Dentre eles, três produtos passam a ser totalmente isentos: dois tipos de pastas químicas de madeira conífera e não conífera, e ferroníquel, representando 4% do total exportado aos EUA.
Outros dez produtos, antes sujeitos à tarifa de 50%, permanecem com tarifa adicional de 40%, segundo a Ordem Executiva 14.323. Entre eles estão artigos de metais preciosos, níquel, ímãs permanentes, artigos de ouro e grafite natural, representando 0,1% do total exportado.
A última ordem executiva americana retirou 84 produtos da lista de isenções estabelecida em abril, sendo que:
A CNI reforça que, mesmo com avanços pontuais, a maior parte das exportações brasileiras permanece sob pressão tarifária, evidenciando a necessidade de negociações bilaterais para ampliar a competitividade dos produtos nacionais no mercado norte-americano.
Fonte: Portal do Agronegócio
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