Publicado em: 23/09/2025 às 15:30hs
Os custos logísticos no Brasil alcançaram R$ 940 bilhões em 2024, segundo o Instituto Ilos, o equivalente a quase 15% do PIB nacional. O transporte rodoviário responde pela maior parte desse valor, com 62% de todas as cargas circulando por estradas.
Quando mal gerido, o frete deixa de ser apenas um custo elevado e se transforma em um risco silencioso à saúde financeira das empresas.
Especialistas em logística alertam que problemas como:
A Conab registrou aumentos expressivos de frete agrícola em 2024:
Durante picos de demanda ou alta do diesel, o transporte pressiona diretamente o caixa das empresas, corroendo margens de lucro.
“Cada quilômetro rodado sem planejamento é um prejuízo que aparece no balanço. Quando somamos multas por atrasos, indenizações por avarias e desperdício de combustível, o impacto pode ser devastador”, afirma Célio Martins, gerente de novos negócios da Transvias.
Segundo Martins, muitas empresas ainda tratam o frete como um custo fixo imutável, mas ele pode ser otimizado com planejamento e tecnologia. Plataformas de comparação de rotas, simulação de custos e consulta a transportadoras regionais ajudam a reduzir desperdícios e melhorar a previsibilidade do caixa.
Além dos efeitos operacionais, a má gestão do frete pode gerar problemas fiscais e tributários. Documentos mal preenchidos, falhas de compliance e ausência de rastreabilidade podem resultar em multas e questionamentos da Receita Federal, ampliando a exposição a riscos jurídicos e financeiros.
Estudos do Instituto de Transporte e Logística (ITL) indicam que a roteirização inteligente pode reduzir em até 20% os custos por tonelada transportada.
“Empresas que encaram o frete como parte estratégica da gestão conseguem preservar margens, manter competitividade e proteger empregos, mesmo em períodos de crise”, conclui Martins.
Em um cenário de inflação persistente, câmbio volátil e pressão por eficiência, a lição é clara: quem negligencia a gestão do frete compromete o caixa, a competitividade e a sustentabilidade do negócio.
Fonte: Portal do Agronegócio
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