Publicado em: 30/06/2025 às 18:20hs
Os preços do frete rodoviário apresentaram recuo em diversas regiões do Brasil, segundo a edição de junho do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta sexta-feira (27). A redução foi impulsionada por dois fatores principais: a menor demanda por transporte de cargas e a queda no preço do diesel.
Apesar da retração momentânea, a Conab aponta que há expectativa de elevação nos custos logísticos nos próximos meses, impulsionada pelo início da colheita da segunda safra de milho. Com o aumento da movimentação nos portos e estradas, os valores dos fretes tendem a subir gradualmente.
No mês de maio de 2025, o Brasil exportou 6,1 milhões de toneladas de milho, volume inferior aos 7,5 milhões registrados no mesmo período do ano passado. O principal canal de escoamento foi o porto de Santos, que respondeu por 28,8% dos embarques. Na sequência, vieram os portos do Arco Norte, com 25,7%, São Francisco do Sul (16,4%), Paranaguá (12,9%) e Rio Grande (12,8%).
A maior parte das exportações teve origem nos estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
As exportações brasileiras de soja seguem em ritmo forte. O Arco Norte foi responsável por 38% dos embarques, número superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando o índice foi de 36,4%. O porto de Santos contribuiu com 37,5%, seguido por Paranaguá (11,9%) e São Francisco do Sul (5,3%). Os principais estados de origem foram Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais.
Entre janeiro e maio deste ano, as exportações de farelo de soja alcançaram 9,6 milhões de toneladas, levemente acima das 9,3 milhões registradas no mesmo intervalo de 2024. A movimentação se concentrou principalmente nos portos de Santos, que respondeu por 42,3% do volume, seguido por Paranaguá (30,8%), Rio Grande (15,1%) e Salvador (7,9%).
O segmento de fertilizantes também teve destaque em maio, com forte aumento nas importações, atingindo o maior volume mensal desde maio de 2022. No acumulado entre janeiro e maio de 2025, o Brasil importou 15,27 milhões de toneladas, acima dos 13,6 milhões do mesmo período no ano passado. Os portos de Paranaguá, Arco Norte e Santos lideraram como principais pontos de entrada.
Em estados como Bahia, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Piauí, os preços do frete caíram, refletindo a baixa demanda e a redução nos custos do diesel. No Paraná, embora haja variações regionais, Ponta Grossa registrou retração nos valores. Em Minas Gerais, a estabilidade marca o transporte de grãos, enquanto os fretes para café aumentaram por conta da entressafra.
Em contrapartida, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e novamente Minas Gerais (no caso do café) observaram elevação nas tarifas de frete, motivada principalmente pelo avanço da colheita da segunda safra de milho e pela crescente demanda por transporte. No Paraná, a demanda também subiu em diversas regiões. Já estados como Goiás e Piauí apresentaram um cenário mais estável, com redução discreta na movimentação.
Fonte: Portal do Agronegócio
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