O valor médio do frete por quilômetro rodado encerrou setembro com um reajuste de 1,30% em relação a agosto, atingindo R$ 6,44, de acordo com o Índice de Frete Edenred Repom (IFR). Esse aumento foi estimulado principalmente pelo aquecimento da atividade industrial, especialmente nos setores de construção civil e bens de consumo. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria brasileira subiu para 53,2 em setembro, em comparação com os 50,4 registrados em agosto. Vale lembrar que o índice acima de 50 indica crescimento, com variação de 0 a 100.

Segundo Vinicios Fernandes, Diretor da Edenred Repom, o aumento na demanda por transporte, em virtude do desempenho da indústria, foi um dos principais fatores para a elevação do preço do frete. "Observamos também uma estabilidade no preço do diesel, que fechou setembro a R$ 6,10 para o tipo comum, e o S-10 com um leve aumento de 0,16%, alcançando R$ 6,17", detalhou Fernandes, citando dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL).

Expectativas de aumento no dólar e na taxa Selic

Fernandes acrescentou que a perspectiva de alta no valor do dólar e na taxa Selic até o final de 2023 pode pressionar ainda mais o custo do frete nos próximos meses. "Esses dois elementos impactam diretamente os custos operacionais das empresas de transporte, tanto no preço do combustível quanto na manutenção da frota", explicou.

O IFR reflete o preço médio do frete, baseado em mais de 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio, administradas pela Edenred Repom. A Edenred Repom, que faz parte da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, é líder no mercado de pagamento de fretes e vale-pedágio no Brasil, com 30 anos de atuação e mais de 1 milhão de caminhoneiros atendidos em todo o território nacional.