Publicado em: 08/12/2025 às 10:35hs
O setor exportador de derivados de citros recebeu um importante incentivo neste fim de ano. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), uma ordem executiva publicada em 20 de novembro reduziu as tarifas de 40% aplicadas a óleos essenciais, subprodutos terapêuticos e à polpa de laranja.
Com a medida, esses produtos passaram a ter tarifa zero, embora ainda estejam sujeitos a uma sobretaxa adicional de 10%. Até então, as exportações dos subprodutos enfrentavam barreiras mais pesadas do que o suco de laranja, que já havia sido isento da taxa desde julho.
Os subprodutos cítricos brasileiros vinham perdendo competitividade no mercado norte-americano em função da sobretaxa de 40%, o que reduziu os volumes exportados nos últimos meses.
Com a isenção anunciada em novembro, a expectativa é de recuperação dos embarques aos Estados Unidos, especialmente para empresas que atuam com óleos e compostos usados nas indústrias de alimentos, cosméticos e farmacêutica.
Entretanto, o d-limoneno e outras frações não específicas de óleos essenciais continuam submetidos à tarifa recíproca de 40%, por não estarem incluídos na lista de isenções da nova ordem executiva.
A retirada das tarifas é considerada uma boa notícia para o complexo citrícola brasileiro, que enfrenta um período de lentidão nas exportações de suco de laranja, principalmente para o mercado europeu.
O bloco europeu — que, junto com os Estados Unidos, representa a base da demanda global — tem importado volumes abaixo do esperado em 2025. Nesse contexto, a redução de custos nas exportações para o mercado americano pode favorecer o escoamento do produto brasileiro, ajudando a compensar parte da queda na demanda europeia.
A decisão reforça o cenário de ajuste e recuperação para o setor citrícola brasileiro, que tem enfrentado desafios logísticos e oscilações na demanda internacional.
Com a revisão tarifária e o aquecimento esperado no mercado dos Estados Unidos, as exportações de subprodutos como óleos essenciais e polpa cítrica devem ganhar novo fôlego nos próximos meses, fortalecendo a presença do Brasil no comércio global de derivados de laranja.
Fonte: Portal do Agronegócio
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