Publicado em: 13/10/2025 às 20:00hs
As exportações brasileiras de milho começaram outubro com desempenho acima do registrado no mesmo período de 2024.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país exportou 2,6 milhões de toneladas de milho não moído (exceto milho doce) nos oito primeiros dias úteis do mês, volume que já representa 40,7% do total embarcado em todo o mês de outubro do ano passado, quando foram enviadas 6,4 milhões de toneladas ao exterior.
A média diária de embarques atingiu 326,05 mil toneladas, avanço de 12% em comparação com as 219,13 mil toneladas registradas por dia útil no mesmo período de 2024.
Apesar do ritmo mais acelerado, analistas destacam que o resultado não reflete necessariamente um cenário favorável para o setor.
Para Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural, o aumento nas exportações é consequência direta da alta produção nacional, o que obriga o país a vender mais para o mercado externo.
“Temos uma produção muito alta, então há necessidade de exportar mais. Mesmo repetindo ou superando levemente os volumes do ano passado, quando analisamos o período oficial de exportações — de fevereiro a setembro —, o desempenho está praticamente no mesmo nível de 2024. Isso não é positivo diante do tamanho da nossa safra”, explica Fernandes.
No acumulado de outubro, o Brasil já faturou US$ 549,57 milhões com as exportações de milho, frente a US$ 1,27 bilhão obtidos em todo o mês de outubro de 2024.
A média diária de receita cresceu 18,5%, passando de US$ 57,97 milhões para US$ 68,69 milhões.
O preço médio pago por tonelada do milho brasileiro também apresentou alta. O valor subiu de US$ 199,10 em outubro de 2024 para US$ 210,70 no mesmo mês de 2025, um avanço de 5,8%.
O resultado reflete a boa demanda internacional, mesmo com o cenário de oferta elevada no mercado interno.
Fonte: Portal do Agronegócio
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