Logística e Transporte

Exportações de feijão batem recorde histórico, mas demanda interna mantém preços enfraquecidos

Brasil registra volumes recordes de embarques, impulsionados por Mato Grosso, enquanto o consumo doméstico segue retraído e limita ganhos no mercado interno


Publicado em: 13/10/2025 às 19:00hs

Exportações de feijão batem recorde histórico, mas demanda interna mantém preços enfraquecidos
Brasil alcança recorde histórico nas exportações de feijão

As exportações brasileiras de feijão atingiram novos recordes históricos, tanto no resultado mensal quanto no acumulado de 12 meses, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

O Mato Grosso se destaca como principal fornecedor do produto exportado, especialmente de variedades diferentes das consumidas no mercado interno, o que explica por que o avanço dos embarques não impacta diretamente os preços do feijão carioca e preto vendidos no país.

Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o Brasil exportou 85,4 mil toneladas de feijões em setembro, o maior volume mensal já registrado. No acumulado de 2025 (janeiro a setembro), os embarques somam 361,9 mil toneladas, superando o total de 343,6 mil toneladas exportadas em todo o ano de 2024.

No acumulado de 12 meses, o volume chegou a 488,4 mil toneladas, consolidando um recorde histórico de exportações do grão.

Mercado interno registra baixa liquidez e preços enfraquecidos

Enquanto o desempenho externo impressiona, o mercado doméstico apresenta ritmo mais lento de negociações. Pesquisadores do Cepea apontam que a liquidez esteve baixa na semana passada em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo centro de estudos.

No caso do feijão carioca, o interesse de compra foi reduzido, pressionando os preços. Além da menor demanda, a qualidade inferior dos lotes disponíveis também contribuiu para o enfraquecimento das cotações.

Feijão preto registra ajustes após forte valorização

O feijão preto tipo 1, que havia apresentado expressiva valorização em setembro, passou por ajustes negativos moderados na última semana. Segundo o Cepea, o movimento reflete uma reposição mais lenta por parte dos compradores e uma demanda estabilizada, o que resultou em pequenas quedas nas cotações.

Mesmo com essa correção, os pesquisadores destacam que o mercado do feijão preto ainda segue em nível de preços relativamente alto, sustentado por oferta controlada e preferência de consumo em algumas regiões do país.

Fonte: Portal do Agronegócio

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