Publicado em: 21/08/2025 às 18:40hs
A Farsul divulgou nesta quarta-feira (20) os resultados das exportações do Rio Grande do Sul em julho de 2025, apontando uma desaceleração significativa no setor agropecuário. O valor total exportado caiu 20% em relação ao mesmo mês de 2024, totalizando US$ 1,2 bilhão, contra US$ 1,5 bilhão no ano anterior. Já o volume comercializado recuou 36%, para 1,6 milhão de toneladas, frente a 2,4 milhões de toneladas registradas em julho de 2024.
No período, o agronegócio respondeu por 69% do valor exportado e 87% do volume total do estado, mostrando a relevância do setor para a economia gaúcha.
A estiagem segue como principal desafio para as exportações do Rio Grande do Sul. O impacto mais evidente foi na soja em grão, que teve uma redução de US$ 337 milhões em relação a julho de 2024. O farelo de soja também sofreu queda, com exportações para o Irã recuando US$ 37 milhões.
Produtos florestais, especialmente celulose, registraram diminuição devido ao excesso de oferta no mercado, enquanto a carne bovina e suína apresentou aumento nas exportações. Por outro lado, as exportações de frango caíram, afetadas pela suspensão de envios à China (por doença de Newcastle) e ao Oriente Médio (por gripe aviária).
Apesar disso, o estado avançou em novos mercados, com destaque para Japão, Singapura, Catar e Emirados Árabes Unidos.
As exportações para os Estados Unidos apresentaram crescimento expressivo, com alta de 32% no valor e 61% no volume em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A Ásia (excluindo Oriente Médio) permanece como principal destino do agronegócio gaúcho, com exportações de US$ 532 milhões e 976 mil toneladas. A Europa vem em segundo lugar, totalizando US$ 330 milhões, sendo US$ 265 milhões destinados à União Europeia. A América do Norte aparece em terceiro, com exportações de US$ 104 milhões.
Entre os países, a China lidera, com US$ 312 milhões, representando 25,5% do valor total exportado. Na sequência estão Bélgica (11%), Estados Unidos (7,7%), Vietnã (5,8%) e Emirados Árabes Unidos (4,1%).
Fonte: Portal do Agronegócio
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