Publicado em: 05/04/2019 às 11:20hs
De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), os embarques por essas rotas somaram 5,7 milhões de toneladas, 31,8% mais que no primeiro trimestre de 2018 e cerca de 30% do total exportado pelo país no período, que somou 18,3 milhões de toneladas, um aumento de 2,8%. No primeiro trimestre do ano passado, as exportações de soja pelo Arco Norte representaram 24% do total.
Os números mostram que, apesar de uma estrada ainda ruim - a BR 163 -, a soja continua subindo para o norte do Brasil de maneira expressiva. No porto de Vila do Conde, em Barcarena, as exportações de janeiro a março totalizaram 1,5 milhão de toneladas. No mesmo período do ano passado, foram 1,3 milhão de toneladas, e no primeiro trimestre de 2017, 995,5 mil. Já operam no porto Bunge, Amaggi , Hidrovias do Brasil, ADM e Glencore, cada uma com terminal com capacidade para cerca de 5 milhões de toneladas de grãos por ano.
Em Santarém, onde a Cargill atua, os embarques de soja somaram 1,3 milhão de toneladas nos três primeiros meses deste ano, ante 994,5 mil em igual intervalo de 2018. Nos portos do Maranhão, o volume cresceu de 921,4 mil para 1,4 milhão de toneladas.
Enquanto o escoamento pelo norte do país cresce, a participação dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), que historicamente lideram os embarques de grãos no Brasil, ficou praticamente estável no primeiro trimestre. Juntos, responderam por 55% do total escoado (10 milhões de toneladas), ante fatia de 55,3% de janeiro a março de 2018 (9,8 milhões de toneladas).
Os dados da Anec confirmam que a China segue sendo o principal comprador da soja brasileira, com folga. De janeiro a março, o país asiático foi responsável pela compra de 13,3 milhões de toneladas do grão, aproximadamente 72% do volume total exportado pelo Brasil no período.
Apesar dos avanços nas negociações entre Pequim e Washington e da trégua na guerra comercial, essa participação é maior que a registrada no mesmo período de 2018, quando a China comprou 10,4 milhões de toneladas de soja brasileira, ou 60% do total exportado pelo país naqueles meses.
Já as exportações brasileiras de milho avançaram 34,4% no primeiro trimestre deste ano e chegaram a 4,4 milhões de toneladas, considerando os embarques em todos os portos. Pelos portos do Arco Norte foram escoadas 1,6 milhão de toneladas do cereal entre janeiro e março, aumento de 87,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
A participação desses portos nos embarques totais passou de 25% para 35% na comparação entre o primeiro trimestre de 2018 e 2019.
A Anec projeta que o Brasil exportará neste ano 67 milhões de toneladas de soja, uma queda de 20% em relação ao recorde de 82,9 milhões de toneladas exportadas no ano passado, e 28 milhões de toneladas de milho, 23% mais que o volume vendido em 2018.
Fonte: Portos e Navios
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