Publicado em: 17/10/2025 às 11:03hs
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou o anúncio feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) sobre a habilitação do Brasil para exportar ovos-produto ao mercado de Singapura. A comunicação oficial ocorreu após encontro entre o Ministro Carlos Fávaro, o Secretário de Relações Internacionais, Luis Rua, e a Ministra de Sustentabilidade e Meio Ambiente de Singapura, Grace Fu, durante missão oficial ao Brasil.
A nova autorização é resultado do esforço conjunto liderado pelo Ministro Fávaro, com suporte técnico da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, sob comando de Luis Rua, e da Secretaria de Defesa Agropecuária, coordenada por Carlos Goulart. O reconhecimento pelas autoridades singapurenses consolida o Brasil como fornecedor apto de produtos de origem animal processados para um dos mercados mais exigentes da Ásia.
Singapura possui população de alta renda e forte cultura alimentar, dependendo significativamente de importações para abastecimento interno. Em 2024, o país importou cerca de 518 milhões de ovos, equivalentes a aproximadamente 31 mil toneladas, provenientes principalmente da Tailândia e Indonésia. Desse total, apenas 2,5 mil toneladas foram de ovos processados, segmento com grande potencial de expansão, especialmente para o canal HORECA (Hotelaria, Restaurantes e Catering).
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a culinária de Singapura, que combina alta gastronomia e tradições populares como os hawker centers, junto ao turismo e à presença de expatriados, cria forte demanda por ovos líquidos, pasteurizados e derivados. A busca por produtos seguros, padronizados e convenientes reforça a importância estratégica do mercado, que também funciona como hub de distribuição para o sudeste asiático.
“O reconhecimento do sistema brasileiro por Singapura amplia a competitividade da cadeia produtiva e posiciona o Brasil em um novo patamar no fornecimento de produtos de maior valor agregado. É uma conquista relevante que pode abrir portas para novos fluxos comerciais no segmento de alimentação fora do lar”, enfatiza Santin.
Fonte: Portal do Agronegócio
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