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Um bom diálogo fortalece uma parceria

Os Planos Anuais de Pesquisa (PAT) e de Transferência de Tecnologia (PATT) são construídos, coletivamente, com a participação de pesquisadores e especialistas da Embrapa e técnicos da Unipasto


Publicado em: 23/10/2013 às 13:20hs

Um bom diálogo fortalece uma parceria

Há 12 anos a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto) são parceiras em um Convênio de Cooperação Técnica para pesquisa em cultivares forrageiras tropicais e, posterior, transferência de tecnologia. Representando o setor de sementes, a Unipasto atua junto às Unidades da Embrapa - Acre, Cerrados, Pecuária Sudeste, Produtos e Mercado, Gado de Corte e Gado de Leite - fortalecendo o programa de melhoramento de forrageiras.

Os Planos Anuais de Pesquisa (PAT) e de Transferência de Tecnologia (PATT) são construídos, coletivamente, com a participação de pesquisadores e especialistas da Embrapa e técnicos da Unipasto. A cada ano, o grupo se debruça sobre a realidade das gramíneas, gargalos, necessidades, tendências e propõe novos alinhamentos, iniciativas e inovações. O PATT em vigor organiza e amplia as ações mercadológicas dos materiais, entre elas, a realização de uma oficina de trabalho, inédita, entre os pares para apresentar tecnicamente as cultivares recém-lançadas e a lançar da Empresa.

Esta semana aconteceu na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande-MS, o workshop para nivelar as informações. No auditório e a campo, a equipe de forrageiras reuniu-se para um debate profundo sobre o mais recente lançamento da Embrapa, a BRS Paiaguás, recomendada para a Integração Lavoura-Pecuária (ILP). As pesquisadoras Cacilda Borges do Valle e Denise Baptaglin Montagner relataram todo o processo de desenvolvimento da braquiária, características físicas, calagem e adubação, semeadura e estabelecimento, produtividade e manejo da pastagem.

Em processo de finalização, os cientistas Liana Jank e Rodrigo Amorim Barbosa descreveram a nova cultivar de Panicum a ser apresentada em 2014, que nos ensaios a campo mostrou-se adaptada aos Biomas Amazônia, Cerrados e Mata Atlântica. O material foi avaliado sob cortes nos estados de Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e, sob pastejo, somente em Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Acre.

Técnica agrícola da Wolf Seeds, uma das 31 empresas associadas da Unipasto, de Ribeirão Preto-SP, Erika Neves surpreendeu-se ao conhecer tantos detalhes sobre os dois produtos e ressalta que “quanto mais informação precisa deter sobre os materiais melhor será o atendimento ao cliente final. Especificações e peculiaridades são importantes na hora de atender o produtor e isso é possível em um momento, como esse, de troca de experiências”, avalia a especialista em agronegócios.

“Há uma necessidade de informação. Uniformizá-la. Precisamos abrir espaço para isso. Fazer pesquisadores e técnicos conversarem, discutir o mercado, os produtos e sanar as dúvidas. Estamos exercitando e, certeza, que seremos mais efetivos em todas as esferas. Esse contato é um passo importante para a transferência de tecnologia”, acentua Websten Cesário da Silva, analista de TT da Embrapa e responsável pela oficina.

“É uma atividade com uma visão um pouco mais comercial”, avalia o gerente-executivo da Unipasto, Marcos Roveri.  “Abrimos o jogo, falamos de sucessos e insucessos, apontamos os acertos e também os erros. É um amadurecimento. Tiramos um tempo para discutir situações reais das cultivares e atualizar todos os envolvidos”, completa.

Os profissionais de pesquisa, transferência e negócios acreditam que para o próximo ano o workshop terá outro nível de debate. Com os técnicos associados trazendo do mercado as respostas dos produtores, a pesquisa estudando como resolver e a transferência equilibrando os pesos.

Fonte: Embrapa Gado de Corte

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