Publicado em: 02/04/2019 às 15:00hs
O evento é uma promoção da Embrapa Soja, em parceria com Sociedade Rural do Paraná, Instituto Emater e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). A expectativa é reunir aproximadamente 250 participantes. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Sympla.
Panorama - O objetivo deste evento é apresentar um panorama sobre a situação da safra de soja 2018/19 no Paraná, debatendo os resultados obtidos e também os desafios dos sojicultores. Para elaborar um panorama sobre a última safra de soja participarão do debate pesquisadores da Embrapa Soja e representantes da assistência técnica pública (Emater) e privada (Ocepar). Além disso, o painel contará com uma palestra sobre como o manejo do solo pode colaborar para a conquista de alta rentabilidade e de estabilidade na cultura da soja.
Veranicos - Na safra 2018/2019, os sojicultores presenciaram dois grandes veranicos, o primeiro entre final de novembro a meados de dezembro, e o segundo entre início de janeiro a início de fevereiro, avalia o pesquisador José Salvador Foloni, da Embrapa Soja. Em determinadas regiões, como no oeste do PR e Sul do MS, Foloni explica que grande parte das lavouras foram instaladas entre 10 a 30 de setembro e sofreram muito com o primeiro veranico, pois encontravam-se em pleno enchimento de grãos.
Segundo - Por sua vez, os agricultores das regiões norte do PR, boa parte de SP, MG, MS e GO, que fizeram a semeadura em outubro, em localidades com altitudes abaixo de 600 m, sentiram bastante o segundo veranico, porque também foi longo e incidiu na granação da soja. O pesquisador ressalta que é preciso distinguir determinados ambientes de produção. "Em certas regiões acima de 600 m, como no centro-sul e centro-oeste do PR, sul de SP, e nos chapadões do Brasil Central (microrregiões de elevadas altitudes), o desenvolvimento da soja foi de satisfatório a muito bom, para lavouras instaladas a partir de meados de outubro e em novembro, e as produtividades têm sido animadoras", avalia.
Sequeiro - Para Foloni, é importante lembrar que mais de 90% da soja brasileira é cultivada em regime de sequeiro (sem irrigação). “Portanto, é fundamental considerar uma série de tecnologias agronômicas a serem praticadas, de curto, médio e longo prazo, para minimizar os efeitos dos veranicos sobre a soja”, ressalta. Entre elas estão: respeitar o zoneamento agrícola de risco climático; buscar cultivares mais adaptadas para cada região; construir o perfil do solo para aumentar o enraizamento em profundidade; adotar sistemas de produção que melhorem o ambiente radicular, assim como, que favoreçam à cobertura de palhada.
Manejo fitossanitário - Foloni destaca também a adoção de manejo fitossanitário para que as lavouras possam ter melhor desempenho em condição de estresse por déficit hídrico; e a utilização de procedimentos que minimizem efeitos fitotóxicos de agroquímicos associados ao estresse por estiagem. Outra dica do pesquisador é priorizar a semeadura escalonada para aumentar as chances de escape das lavouras em relação à incidência de veranicos na fase de enchimento de grãos; e considerar todas as práticas agronômicas que possibilitem aumentar a eficiência de uso da água pelas plantas.
Fonte: Embrapa Soja
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