Publicado em: 07/10/2025 às 10:20hs
O Sistema FAEP manifestou oposição à Medida Provisória (MP) 1.303/2025, que propõe a tributação de 7,5% sobre Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e outros instrumentos financeiros. Inicialmente, a MP previa 5% de alíquota para LCAs, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Segundo a entidade, a medida ameaça um dos principais pilares do financiamento privado do setor agropecuário brasileiro.
As LCAs são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para captar recursos destinados ao agronegócio. Atualmente, representam quase 40% do crédito agropecuário, superando os recursos do Plano Safra, que respondem por menos de 20% do total.
A isenção de Imposto de Renda é o principal atrativo desses títulos, atraindo investidores e garantindo a oferta de crédito necessária para a produção agrícola.
O Sistema FAEP alerta que a nova tributação pode encarecer o crédito, desestimular investimentos e gerar retração no mercado financeiro agrícola.
Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino da FAEP, afirma:
“Tributar esses títulos compromete a oferta de recursos, aumenta custos e coloca em risco a capacidade de financiamento da produção agrícola nacional. Além disso, essa proposta foi elaborada sem diálogo com o setor produtivo, que será diretamente afetado.”
Ele reforça que a medida representa um retrocesso para a competitividade do agronegócio, com impacto sobre a segurança alimentar, a balança comercial e a renda de milhões de famílias no campo.
O Sistema FAEP está atuando junto à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e demais entidades do setor para garantir coerência na condução da MP 1.303 e evitar a tributação das LCAs.
A entidade defende a manutenção da isenção de impostos, considerada essencial para preservar equilíbrio, sustentabilidade e competitividade do crédito rural no Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
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